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Ricardo Motta

Espero que esteja escrevendo pela última vez sobre o Matadouro Municipal de Ponte Nova, que teve sua história iniciada em 2002, quando o Ministério Público propôs um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o Poder Executivo e Associação dos Comerciantes de Carnes de Ponte Nova (ACCPN),presidida por Mônica Cheloni, que continua à frente da entidade. Na ocasião o Codema foi chamado à lide e assinou o TAC quando ficou responsável pela escolha do local para a construção do tão almejado abatedouro de bovinos e suínos. No domingo,04 de junho, resolvi aceitar o convite do secretário municipal de Desenvolvimento Rural (Sedru), Zé Osório, para circular no meio rural, onde ele (com seu carro particular) verificaria a necessidade de alterar o curso d’água na comunidade rural de Lagoa Seca, onde mora o casal de idosos Osmar Rodrigues Santiago e sua esposa Maria Paulina Santiago. O caso é sério, pois as chuvas do ano passado complicaram a vida de um córrego que está entupido e fizeram um anteparo de madeira, mas o curso d’água está entupido, criando lamaçal no entorno. Zé Osório garantiu que chegará por lá, em julho, com máquinas e pedreiros para construir drenagem: as manilhas estão lá há mais de ano. Haja vontade para resolver! Antes disso, Zé Osório resolver verificar uma intervenção na Rua Guanabara que dá acesso às casas populares do Conjunto Habitacional Dalvo de Oliveira Bemfeito. Por decisão do titular da Sedru o ambiente transformou-se com cascalhamento, alargamento da rua/estrada, que facilitará o trânsito de carros, dos transportes escolar e coletivo. E de quebra contribui com o acesso à Fundação Menino Jesus. E pode chover, que tudo vai continuar dando certo! A maior surpresa ficou conta do relatório liberado para o Líder Notícias, onde pude observar algo realmente novo: finalmente a estrada nova para o acesso ao Matadouro foi preparada e realizada pela Sedru, sendo uma das últimas exigências do Ministério Público, pois a estrada antiga ficava sujeita a inundações o que impediria o funcionamento do abatedouro, que seria finalmente entregue para ser gerenciado pela ACCPN. O que se percebe é que o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Zé Osório, é um secretário “full time” (tempo total). Disse ele, que vem sofrendo com denúncias gratuitas, mas que vai tirar de letra e provar que usa a máquina administrativa de acordo com a legislação vigente. Como jornalista tenho a obrigação de divulgar toda e qualquer notícia, mas também tenho direito o de revelar boas iniciativas e serviços corretos do Poder Público. Outra boa notícia é que a Sedru movimentará máquinas para desobstruir o leito ferroviário desde o chafariz de Copacabana até a Fazenda do Engenho (Renato Marinho) para possibilitar (mais de 02 quilômetros) o trânsito do Biciclotrem. Tem data para inauguração: 30 de junho, Dia Municipal do Ferroviário   Nova estrada de acesso ao Matadouro Municipal, sem perigo de inundações do Ribeirão Mata Cães

09/06/2023– 10:15

“Não existe parte mais vulnerável, todo o bioma é ameaçado pela decisão do Congresso. É um ataque à realidade e à sociedade. Agravará a crise climática e de biodiversidade, eliminará recursos dos quais a maioria dos brasileiros depende e violará a já consolidada Lei da Mata Atlântica”, destaca o advogado e ex-deputado federal Fabio Feldmann, autor da Lei da Mata Atlântica e responsável pelo capítulo sobre Meio Ambiente da Constituição brasileira. A Febraban (Federação Brasileira dos Bacos) criou protocolo de autorregulação para financiamento da cadeia da carne bovina, informa o Estadão. “O que isso significa? Só será concedido crédito para frigoríficos e matadouros que comprovarem que não compram gado oriundo de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia e do Maranhão. Até agora, 21 bancos assinam o protocolo. Entre eles estão Bradesco, Itaú Unibanco, BTG Pactual, Santander, Caixa e Banco do Brasil. O desmatamento e a degradação dos solos representam aproximadamente 45% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, tornando a mudança no uso do solo a principal fonte de emissões do país. Tudo para criar bois e plantar soja, commodites preferidas das Bancadas da Bala e do Agronegócio. A maior parte deste desmatamento ocorre de forma ilegal, mais de 95%, segundo dados do Mapbiomas, para o ano de 2021. E a Amazônia é o bioma que apresenta a maior área desmatada (cerca de 60% do total em 2021). Em 2022, 12,5 mil km² foram desmatados, segundo os dados de monitoramento da alteração da cobertura florestal da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). O ministro André Mendonça, do STF (Superior Tribunal Federal) , determinou na segunda-feira, 29 de maio, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator da MP na Câmara, Sérgio Souza (MDB-PR), prestem informações ao tribunal sobre trechos da MP que haviam sido impugnados pelo Senado e que expõem a Mata Atlântica à devastação. O Mandado de Segurança, com pedido de liminar, foi apresentado no dia 26 de maio pelos senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE), Eliziane Gama (PSD-MA), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Otto Alencar (PSD-BA). Eles alegam que Lira e Souza atropelaram as regras regimentais e constitucionais. Há uma outra ação no STF, protocolada ainda antes da votação do Senado. O PV (Partido Verde) recorreu ao tribunal com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra os "jabutis" acrescentados pela Câmara à MP enviada, ainda por Bolsonaro, e que tratava apenas da regularização de propriedade.   O desmatamento no Bioma da Mata Atlântica continua crescendo e agora vai aumentar com apoio das bancadas da Bala e do Agronegócio da Câmara dos Deputados

02/06/2023– 11:28

Após horas de exaustivo trabalho de combate às chamas, que consumiram 90% da área de 30 hectares do Sítio Jaqueira, em Alegre, região do Caparaó, no Espírito Santo, Newton Campos, proprietário da área disse emocionado: “a cura do planeta é plantar árvores, cuidar de árvores e da floresta” A tragédia, ocorrida em setembro de 2020, não abalou sua convicção na urgência de reflorestar o planeta e a alma dos seres humanos. “Agrofloresta é a saída. Não existe outra saída para a humanidade”. Em janeiro de 2014, tive a oportunidade de conhecer o Sítio Jaqueira a convite do engenheiro florestal Davi Sena, filho de Dominguinhos (antigo Espaço Café/Ponte Nova), que se formou no campus avançado da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Alegre. O projeto de Newton Campos é algo formidável: planta água em barraginhas cerca nascente e constrói casas com tijolos jogados fora de casas derrubadas; a luz do sol atravessa as paredes através das garrafas de vidro, onde moram estudantes da UFES. Eu plantei milhares de árvores ao longo da minha vida, salvei várias que seriam cortadas porque levantavam passeios; semeei sementes que voam, como as dos ipês e aguei mudas de ararutas na horta do Passa-Cinco. Quando comecei a luta em defesa do meio ambiente, não raro, ouvia piadinhas como: “isto é coisa de viado”; “esse cara é contra o progresso”; “um idiota a mais para defender o que não precisa ser defendido”. Mais, tarde, a guerra foi mais dura: afastar as hidrelétricas do Rio Piranga no município de Ponte Nova. Conseguimos com legislação própria em 2008 ainda alcançamos vitórias em outros municípios, pois os empreendedores queriam construir várias e como não podiam construir em Ponte Nova desistiram das outras. Mas, volta me sentir temeroso. Com a decisão do STF (Leia na página 7), derrubando a legislação em Mato Grosso, que proibia a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá. A legislação de Ponte Nova é diferente, pois permite a construção desde que não seja geração de energia com o barramento do Rio Piranga. Em 2009, o presidente Lula entrou com ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), alegando que é de competência da União legislar sobre águas territoriais, mas a PGR (Procuradoria Geral da República/Roberto Gurgel) julgou que as leis de Ponte Nova são constitucionais, ainda em 28 de março de 2013. O pior é que o relator da matéria do Mato Grosso é o ministro do STF, Gilmar Mendes, o mesmo relator das leis de Ponte Nova. Termino usando uma velha e surrada frase que criei em 2001:“Somos loucos, mas não somos tão poucos. Somos loucos pelo meio ambiente”.

19/05/2023– 11:02

O discurso de ódio ganhos muitos adeptos nos últimos 04 (quatro) anos “Não faz sentido nenhum isso. É engraçado ver que a inserção de minorias na mídia incomoda homem branco hétero, né? A mídia sempre foi dominada pela mediocridade branca. Nunca foi sobre talento Sem contar que não tem problema falar negro. Vídeo tenebroso”, diz Levi Kaique Ferreira ao responder o Instagram de Jorge Vinícius, que foi narrador do Grupo Globo (Sportv), entre 2010 e 2018. Levi Kaique Ferreira é engenheiro civil, palestrante e professor. Deseja ser escritor e atualmente trabalha em 02 (dois) de seus primeiros livros. É sócio-fundador e diretor no site “O Retalho”. Tem 25 anos e é apaixonado por tecnologia, história, filmes, livros, séries e quadrinhos. Seu maior desejo é dominar o mundo. Ele é negro. Em entrevista ao podcast “Parlando de Palmeiras”, concedida na quinta-feira passada, 27 de abril, o locutor afirmou que a empresa “perdeu a mão” na inclusão de pessoas pretas, mulheres e homossexuais. Segundo Jorge Vinícius, a TV está colocando o talento como quarto critério para adquirir novos funcionários. Ele ainda afirmou preconceituosamente, com olhos injetados de sangue: “Perderam a mão. Sou favorável à inclusão. Não sou preconceituoso. Ao contrário! Tenho amigo gay, amigas mulheres. A Globo perdeu a mão completamente”. Que saudade da Globo, a 3ª maior emissora de TV aberta do mundo, hein Jorge Vinícius. A velha e surrada desculpa dos preconceituosos, com esta fala justificada de que tem amigos gays, mulher e negros, a quem ele chamou de preto, descaradamente! Depois ele elogiou Glória Maria (faleceu) e Heraldo Pereira, ambos negros que sempre trabalharam na emissora da Família Marinho. E quando entraram não tinham experiência e o talento ainda era ainda latente. O que ele (Jorge Vinícius) dez foi destilar discurso racista, machista e LGBTfóbico. Uma sequência sem fim de exemplos que nos revelam uma sociedade sedimentada na violência contra grupos minorizados. Acontece que o mundo andou. E as mulheres, negros e homossexuais estão cada vez mais fortalecidos quanto às suas competências.  

05/05/2023– 11:13

Mancharam a imagem de Tiradentes, Herói Nacional que lutou pela liberdade O ex-presidente do Brasil  Michel Temer (MDB) recebeu no dia 21 de abril o Grande Colar da Inconfidência, honraria mais importante concedida durante a entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto. A entrega foi feita pelo governador do estado, Romeu Zema (Novo). Ao todo,170 pessoas foram agraciadas na solenidade. “Relembrar o sacrifício de Tiradentes para plantar a semente de um Brasil  mais livre e independente, é reafirmar o compromisso dos mineiros de sempre lutar quando haja qualquer ameaça às liberdades duramente conquistadas!”, disse Romeu Zema, em seu discurso. O discurso soa falso e eivado de hipocrisia, pois entregou o Grande Colar da Inconfidência a um golpista, que se aliou à Câmara dos Deputados para afastar Dilma Rousseff do cargo de presidente do Brasil. Ela foi julgada e seu impeachment foi concluído. Ora, em nenhum momento  Michel Temer fez qualquer gesto para impedir ou criticar. Ficou mudo para depois usurpar o cargo. O juiz parcial Sérgio Moro, por sua vez, ficou com 01 (um) dos exemplares da Grande Medalha, o segundo grau mais importante do prêmio. Outra aberração, uma vez que todo mundo sabe que a Lava Jato, importantes instrumento jurídico para punir a corrupção, foi manipulada para prender Lula. Era um conluio com Jair Bolsanaro e tinha respaldo com o Deltan Dallagnol,que foi multado pela Justiça pelo power point. O grupo dos Inconfidentes era constituído por aproximadamente 25 pessoas e tinha como figuras mais emblemáticas nomes como o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa. E Zema entrega para 170 pessoas, transformando a data da Inconfidência Mineira em motivos de chacota. Banalizou a honraria! A entrega da Medalha da Inconfidência era entrega na Praça Tiradentes, mas os governadores de Minas Gerais, sempre com medo de vaias, passaram a homenagear as pessoas dentro da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). Este ano de 2023 teve protesto da oposição, sindicatos de trabalhadores e estudantes contra a estapafúrdia ideia de entregar honrarias para Sérgio Moro e Michel Temer.      

28/04/2023– 11:13

De 2019 a 2022, Jair Bolsonaro exercitou à frente da Presidência da República um comportamento nunca visto por parte dos outros ocupantes do cargo. Confirmando sua índole — que alguns imaginavam que seria domada pelos assessores —, o presidente fez demonstrações diárias de grosseria, machismo, homofobia, mentiras e incentivo à truculência policial. Esse estilo tosco de encarar o mundo inspirou réplicas em muitos setores da sociedade brasileira, principalmente na imprensa. Na TV, a mais fiel tradução do bolsonarismo é representada pelo apresentador Sikêra Jr., um personagem estridente que de segunda a sexta apresenta na Rede TV! um show de baixarias em seu programa de notícias policiais A emissora anunciou que o programa de Sikêra Jr. vai sair do ar. Nos próximos dias, os telespectadores estarão livres dessa dose diária de barbárie televisiva. Com a derrota de Bolsonaro, o programa e a emissora perderam patrocinadores estatais e uma campanha do Sleeping Giants Brasil espantou os anunciantes privados que restaram O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão de primeira instância que condenou o apresentador Sikêra Jr. e a Rede TV! por ofensas à apresentadora Xuxa Meneghel. O valor da indenização, no entanto, caiu de R$ 300 mil para R$ 50 mil. Em outubro de 2020, Sikêra disse durante o programa "Alerta Nacional" que Xuxa quer "levar as crianças à travessura, prostituição e suruba". Chamando-a de "ex-rainha", afirmou também que "pedofilia é crime e não prescreve". O ataque foi feito, de acordo com o processo, após a apresentadora lançar um livro infantil que aborda conteúdo LGBTQIAP+.

14/04/2023– 10:54

“E ao longo do rio surgiram povos de todo jeito e toda cor. Gente que pescava, que plantava, que construía, que fazia arte. E essa gente foi fazendo casas, roças, comunidades, cidades e todo tipo de coisa que se possa imaginar. O rio e a terra seguiam felizes com suas criações. O coração da terra sonhava lindas histórias para suas criaturas, e os sussurros das águas revelavam esses sonhos para todos os seres, que, assim VIVIAM EM PAZ! Até que um dia, um homem parou de escutar o próprio coração. E aproximou-se do rio com uma ideia má: ele queria ter mais poder do que a terra e as águas. Então, pegou um pouco de água do próprio rio, misturou com alguns pigmentos e, enquanto mexia, acrescentou palavras e pensamentos gananciosos. Pronto! Assim o homem produziu uma tinta com um terrível feitiço: o poder de escrever histórias que se transformavam em realidade e que eram capazes de modificar a vida criada pelos que sentiam o coração da terra e escutavam os sussurros das águas”. Estas palavras, acima, em fonte gráfica Comic Sans MS são da antropóloga e escritora ponte-novense Roberta Brangioni Fontes, que tem seu e-book disponibilizado na Biblioteca Virtual da ONU (Organização as Nações Unidas). Roberta Brangioni Fontes, filha de Eduardo Mengão, da Flanova, escreveu o livro “Um Canto para o Rio”, com lustrações de Taisa Borges, para contar a história da tragédia provocada pelo rompimento da Barragem de Fundação em 05 de novembro de 2015. Na Semana da Água, exatamente no Dia Mundial de Água, 22 de março 2023, estive no Passa-Cinco, exatamente no CEA (Centro de Educação Ambiental) quando matei saudades, mas sai triste pelo abandono do local: entrada com lama provocada por uma nascente que poderia ser canalizada e passar por baixo da estrada; uma cratera, também na entrada, cheia de entulhos da construção civil; guaritas destruídas, casas da área de lazer em pedaços e confirmado o deficit de 40 mil árvores e a lagoa com água já dando sinais da estiagem, que nem começou. Roberta Brangioni Fontes

24/03/2023– 09:59

A enchente trouxe transtornos, desespero, agonia e muito trabalho por parte da Coordenadoria da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar, DMAES, Assistência Social e a solidariedade dos voluntários. Foram dias difíceis, desde o início dos primeiros pingos de água do fim de ano, alagamentos iniciais em 10 de janeiro de 2022, ainda na Arthur Bernardes, mas uma jornalista fez uma diferença enorme: Isabella Ottoni, da TV Educar! A profissional parecia que tinha vários clones, pois a cada 30 minutos ela aparecia em cenário diferente da tragédia, que a cada ciclo da natureza, fica bem perto do título maior do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez: “Crônica da Morte Anunciada”. Isso mesmo: o que se tem feito é apenas o mais do mesmo, quando sai a enchente e volta nova enchente! A direção da TV Educar colocou o bloco na rua e Isabella Ottoni saiu da bancada de apresentadora do “Jornal Educar” para as ruas cheias de água e lama, levando aos telespectadores a informação, em tempo real, como o fechamento da Ponte da Barrinha, às 17h30min de 11/01, as primeiras águas da Rua João Pinheiro (Centro Histórico) na tarde de 10/01 e a retirada dos idosos do Asilo Municipal, na manhã de 10/01. Foi a primeira vez que a TV trabalhou neste sistema full time na cobertura de um sinistro ambiental. E olha que a competente e bela jornalista usava um microfone que a deixava ainda mais móvel, elétrica e consciente. Sua imagem preponderou nas entrevistas com as autoridades e cidadãos locais, principalmente os comerciantes. Como uma estrela-guia, Isabella Ottoni era o sinal que faltava nesta tragédia, que mais uma vez encheu a cidade de lama e incertezas. Eu tive o prazer de trabalhar com Isabella Ottoni como repórter do Jornal Educar, ainda em 2013. A conheci ainda adolescente no “Programa Minha Escola na TV”, na TV Educar, com 14 anos, dando os primeiros passos na frente das câmaras. Viajou, sozinha, horas e horas à noite, para se formar em jornalismo. Mas, eis que a menininha/adolescente esbelta, mas desajeitada, virou mulher e estrela, a estrela-guia que iluminou as águas turvas e bravias do Rio Piranga e do Ribeirão Vau Açu! ………………………………………………………………………………………………………………… O texto acima saiu publicado na edição 472, de 14 de janeiro de 2022, na mesma página 2 que eu repito nesta semana que é dedicada à MULHER, que tem seu dia comemorado em 08 de março! Sempre gostei de ver nas mulheres a coragem para deter investidas machistas e jamais me esquecerei que o grande movimento contra o Feminicídio aconteceu ainda em 1976, quando o playboy Doca Street assassinou a socialite Ângela Diniz, A Pantera de Minas, dando origem à indignação das mulheres, pois ele foi absolvido pela indigna expressão Legítima Defesa da Honra Leila Diniz não o queria mais), mas condenado no segundo Tribunal Júri e pegou 15 anos, depois dos protestos e passeatas com o slogan QUEM AMA NÃO MATA!    

10/03/2023– 10:46

Txai Suruí (Txai é um apelido para Walelasoetxeige, nome que significa “mulher inteligente” em Tupi Mondé, a língua falada pelo povo Paiter Suruí, que vive em Rondônia) é uma líder indígena ativista brasileira da etnia suruí. Ela é coordenadora do Movimento da Juventude Indígena e trabalha na organização não governamental de defesa dos direitos indígenas Kanindé. Além disso, é Embaixadora da Z1, um programa de embaixadores de uma conta digital para adolescentes. Segundo a Organização das Nações Unidas, as mulheres são as mais afetadas pela crise climática: 80% dos deslocados por desastres e mudanças do clima são mulheres e crianças. Mas elas também estão na linha de frente na luta para evitar a catástrofe climática. A revista National Geographic destaca 03 (três) delas: Txai Suruí, amanda Costa e Paulina Chamorro. Txai Suruí esteve na COP 26, em Glasgow, na Escócia (2021) e subiu ao palco central. Ela só tinha 02 (dois minutos). Ela sabia que, naquele cenário frio e formal de fundo azul, levava, além da companhia de seus ancestrais, a voz de muitas outras mulheres que lutam contra as mudanças climáticas. Mulheres que, como ela, já entenderam que a comunicação é o elo indispensável para que o mundo compreenda a urgência da preservação do meio ambiente. Naquele momento, a jovem de 25 anos tinha a missão de comunicar mensagem que, para o seu povo, é muito clara há mais de 06 (seis) mil anos: não há futuro se a humanidade não lutar para manter a Amazônia em pé! Aos 24 anos, a indígena Txai Suruí atraiu os holofotes do mundo ao discursar na abertura da COP26, a Conferência do Clima das Nações Unidas. Sua fala atraiu críticas do presidente Jair Bolsonaro – quem, sem citá-la nominalmente, disse que ela foi à COP para "atacar o Brasil". O presidente não foi à conferência, realizada em Glasgow, na Escócia. "Na verdade eu só vim trazer a realidade dos povos indígenas. E, depois desse pronunciamento dele, eu venho recebendo muitas mensagens racistas, misóginas, mensagens de ódio nas minhas redes sociais, fake news, querendo descredibilizar o meu discurso, a minha pessoa. Sendo que eu estou para uma luta que não é só minha", completou.   Txai Surui contra o aquecimento global  

03/03/2023– 10:28

Passei a ir ao Bairro Copacabana cada vez mais. Na década de 1980, ia para aquelas bandas atrás de um rabo de saia, que por motivos óbvios não vou citar o nome. Nos tempos atuais conheci muita gente boa: Salame, Arlindo, Ronaldo e Vaninha professora, Dona Sônia (já falecida), Catito, Vasco, Maíta, Marcinho de Belim, Marcim Filho, Porretão, Leninha Borges, entre outros. Se for citar os nomes a história não vai caber neste espaço. Um dos mais engraçados é o ferroviário aposentado Cacetinho, o único cara que tem mais 03 apelidos em Ponte Nova e em toda região: Ratão do Pântano, Sapão do Brejo e Patão do Rock. Ele tem papel importante neste “roubo” do Campeão. O Marcinho de Belim é um exímio cozinheiro, pois usa diversas ervas em seus temperos, marapuama e Sal do Himalaia. Todas as sextas-feiras tem uma galera que se aproveita de pratos feitos por ele. Os participantes levam os ingredientes como suã, frango, peixe, costelinha, costelão, etc. Numa dessas, ficou definido que seria a vez do Cacetinho levar um galo para fazer o famoso “Galo com Macarrão”. Ah! É bom lembrar que o Russo, ou Alemão, é atleticano “doente”, mas tem um belo bar. Em dias ou noites de jogos do Galo ele sempre tem muitos torcedores: contra e a favor! Cacetinho levou o tal galo numa sexta-feira para ser feito na outra sexta-feira. O tempo foi passando e nada de Marcinho de Belim fazer o “Galo com Macarrão”. “Meu cumpadre, que dia que você vai fazer o prato? O galo está aí já tem mais de 02 meses”, disse Cacetinho, bem-humorado, como sempre. Um dia, Marcinho de Belim arrancou a roda: “Aquilo que está na geladeira é muito pequeno! Parece um pinto crescidinho. Galo? Nunca que é!” Alguém matou a charada. Então era um franguinho? Foi quando um cidadão disse que Russo estava chateado, pois o Campeão sumira. Nos dias dos jogos Atlético, o galo garnisé, que andava solto dentro do bar e dormia em cima dos engradados de cerveja, virava uma “danera”. Gol do Galo, Russo explodia. Ele escutava a voz do dono, saia dos engradados, batia as asas e cantava de alegria. O negócio era mesmo de outro mundo! Cacetinho confessou que comprou o “galo” depenado na mão de “Zói de Merda”, que levou um troco, mas não disse onde “surrupiara” o galináceo, que é da família originária da Ilha de Guernsey, uma dependência da Coroa Britânica, da qual herdara o nome. Estava explicado o mistério do sumiço do Campeão! Cumpre aqui dizer que Cacetinho não sabia desta história e se soubesse não teria comprado a ave de estimação dos atleticanos dos bairros Copacabana e Nova Copacabana. “Zói de Merda” nega de pé de junto, dizendo que o produto era do seu galinheiro. Na noite de terça-feira, 08 de fevereiro (2021), estive com o Reginaldo da Remar, que é irmão do Russo. Ele me prometeu arranjar uma foto do Campeão. Até o fechamento desta historinha, eu ainda não havia recebido a foto e nem sei se tem. Mas, aqui ficam nossas condolências para Russo e para todos os atleticanos. Não sei se o “galinho” foi preparado pelo Marcinho de Belim. De uma coisa eu tenho certeza: eu não comi! (este texto foi escrito em 2021.Estou repetindo a pedidos)    

13/01/2023– 10:17

Pato Manco nos Estados Unidos é a expressão usada quando o presidente não pode fazer mais nada no final de mandato. No Brasil, onde o povo é mais criativo, já encontraram o nome ideal para o presidente Jair Bolsonaro: Napoleão de Hospício. Além disso, coloque em conta o desmanche dos órgãos de proteção ao Meio Ambiente, à Cultura/Fundação Palmares. Furou o teto de Gastos 05 vezes, meramente por interesse eleitoreiro. Deu dinheiro para caminhoneiros, estraçalhou com o FGTS, PEC Kamikaze e dos Precatórios e deu grana até para taxistas. Deixou uma dívida externa de R$ 5 bilhões por não pagar órgão como OMS (Organização Mundial de Saúde) e a ONU (Organização das Nações Unidas). Transformou o Brasil num pária internacional. Há muito o que se fazer neste País Tropical, além de combater as queimadas na Amazônia e o garimpo ilegal em terras indígenas. Reorganizar o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e criar o Ministério dos Povos Originários, como no Canadá. Antes de abandonar o barco à deriva, o Napoleão de Hospício, atravessando a noite com delírios de poder inconsequente, assinou em 22/12, o Indulto de Natal, perdoando assassinos policiais. Em determinação, inédita nos últimos anos da gestão Bolsonaro, diz que o indulto será concedido a agentes de segurança pública "que, no exercício da sua função ou em decorrência dela, tenham sido condenados, ainda que provisoriamente, por fato praticado há mais de trinta anos, contados da data de publicação deste Decreto, e não considerado hediondo no momento de sua prática". O Massacre do Carandiru completou 30 anos no dia 02 de outubro deste ano (2022) - na época, o massacre não se enquadrava como crime hediondo - constavam na lista a extorsão mediante sequestro, latrocínio e estupro. O homicídio foi incluído na lista dos crimes hediondos em 1994, após a repercussão do assassinato da atriz Daniella Perez. O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou o processo e os assassinos poderiam para a cadeia, mas a caneta BIC de Jair Messias Bolsonaro funcionou e ele publicou este decreto delirante que livra a cara dos assassinos e atinge diretamente os parentes dos que foram massacrados em suas celas, muitos inocentes, conforme o livro do médico Drauzio Varella, base do roteiro do filme Carandiru. De nacionalista Jair Bolsonaro não tem nada, pois a caneta brasileira é a Compactor, muito melhor que a sua similar francesa, que ele usada nos decretos. Até acho que ele sofre de Síndrome de Estocolmo, pois o presidente reeleito francês Emmanuel Macron critica sua postura e ele ainda presta homenagem a quem lhe despreza e lhe tortura, mentalmente. A psiquiatria explica os desvios comportamentais chamados de Napoleão de Hospício e Síndrome de Estocolmo. O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira, 27/12, para invalidar o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu Indulto de Natal a policiais e militares, incluindo os condenados pelo massacre do Carandiru, em São Paulo.

30/12/2022– 09:08

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