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Ricardo Motta

Quando li o livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, há menos de dois anos me surpreendi com a linguagem e fiquei maravilhado com o empoderamento e a certeza de que a mulher pode tudo. Foi Lara Repolez que me indicou. Agradeço, pois com isso apreendi a entender melhor a alma da mulher. Se já as amava tanto, passei a me extasiar com seus feitos como gente e sua coragem de lobas, fora da alcateia, buscando alimento para suas crias. Lançado há quase 03 (três) décadas, “Mulheres que Correm com os Lobos - Mitos e Histórias do Arquétipo da Mulher Selvagem” teve enorme repercussão na época. Nos Estados Unidos, considerado o principal mercado mundial de livros, a obra de estreia da psicanalista norte-americana Clarissa Pinkola Estés permaneceu mais de 145 semanas na lista de mais vendidos do jornal The New York Times. De lá para cá, o interesse e a mística em torno do título publicado em 42 idiomas não arrefeceram. O entusiasmo por “Mulheres que Correm com os Lobos” parece sempre retornar. A editora Rocco, que relançou uma nova versão em capa dura em setembro de 2018, não fornece números de vendagem. Porém, é possível obter uma dimensão da curiosidade atual pelo long-seller (termo em inglês para os livros que seguem um sucesso anos depois de lançados) no país por outros meios: segundo o site PublishNews, sobre notícias do mercado editorial, “Mulheres que Correm com os Lobos” teve 80 mil exemplares vendidos entre 2018 e 2019. E, desde o início de abril de 2020, o título figura entre os mais vendidos na categoria de não-ficção da lista da revista Veja.

14/11/2021– 15:22

“Deixe ir as pessoas que não estão preparadas para te amar. Essa é a coisa mais difícil que você terá que fazer na sua vida e também será a coisa mais importante. Pare de ter conversas difíceis com pessoas que não querem mudar. Pare de aparecer para as pessoas que não têm interesse na sua presença. Sei que o seu instinto é fazer de tudo para ganhar o apreço dos que o rodeiam, mas é um impulso que rouba o seu tempo, energia, saúde mental e física. Quando você começa a lutar por uma vida com alegria, interesse e compromisso, nem todo mundo estará pronto para seguir você nesse lugar. Isso não significa que você precisa mudar o que você é, significa que você deve deixar ir as pessoas que não estão prontas para acompanhar você. Se você é excluído, insultado, esquecido ou ignorado pelas pessoas a quem você dá seu tempo, você não faz um favor ao continuar oferecendo sua energia e sua vida. A verdade é que você não é para todo mundo e nem todos são para você. Isso é o que torna tão especial quando você encontra pessoas com quem tem amizade ou amor correspondido. Você saberá o quão precioso é porque você experimentou o que não é. Quanto mais tempo você passa tentando te fazer amar por alguém que não é capaz, mais tempo você perde se privando da possibilidade dessa conexão com outra pessoa. Há bilhões de pessoas neste planeta e muitas delas vão encontrar-se com você, ao seu nível de interesse e compromisso. Quanto mais você continua envolvido com pessoas que te usam como almofada, uma opção de segundo plano ou um terapeuta para a cura emocional, mais tempo você se afasta da comunidade que deseja. Talvez se você parar de aparecer, não seja procurado. Talvez se você parar de tentar, a relação termine. Talvez se você parar de enviar mensagens, seu telefone permanecerá escuro por semanas. Isso não significa que você arruinou a relação, significa que a única coisa que segurava era a energia que só você dava para mantê-la. Isso não é amor, é apego. É querer dar uma chance para quem não merece! Você merece muito, existe gente que não deve estar na sua vida, você vai perceber. A coisa mais valiosa que você tem na sua vida é o seu tempo e energia, pois ambos são limitados. Ao que você der seu tempo e energia, definirá sua existência. Quando você percebe isso começa a entender porque você está tão ansioso quando passa tempo com pessoas, em atividades, lugares ou situações que não lhe convêm e não devem estar perto de você, você é roubado em energia. Você começará a perceber que a coisa mais importante que pode fazer por si mesmo e por todos os que o rodeiam é proteger sua energia mais ferozmente do que qualquer outra coisa. Faça da sua vida um refúgio seguro, no qual só são permitidas pessoas 2 2 compatíveis2 2 com você. Você não é responsável por salvar ninguém. Você não é responsável por convencê-los a melhorar. Não é seu trabalho existir para as pessoas e dar sua vida a elas! Porque se te sentires mal, se te sentires obrigado, serás a raiz de todos os teus problemas pela tua insistência, temendo que não te devolvam os favores que concedeste. É sua única obrigação perceber que você é o amo do seu destino e aceitar o amor que você acha merecer. Decida que você merece amizade verdadeira, compromisso verdadeiro e amor completo com pessoas saudáveis e prósperas. Depois espere e veja o quanto tudo começa a mudar e mudará ao lado de pessoas positivas e de energia boa, isso é certo. Não perca tempo com gente que não vale a pena, a mudança lhe dará o amor, a estima, a felicidade, a proteção que você merece e tanto almeja”. Anthony Hopkins interpreto o magistral Hannibal Lecter em Silêncio dos Inocentes Este texto é do ator Anthony Hopkins, considerado como um dos maiores em atividade. Hopkins foi feito cavaleiro (Sir) pela Rainha Elizabeth II em 1993 por seus serviços pela arte. Ele é do País de Gales, um dos países do Reino Unido.

06/11/2021– 00:19

Quando ainda criança, vi minha mãe ser desamparada pelo seu companheiro (um cabo da PM). Aí ela começou a criar 11 filhos sozinha, em São Pedro dos Ferros. Morávamos na entrada da cidade (para quem vai de Ponte Nova). Dona Georgina saia cedo para trabalhar na Fazenda da família Roldão e eu pequeno, também ia. Era a garantia de um prato de comida. Estudava no Grupo Escolar Luís Alves de Souza, à tarde, onde tirei meu diploma com nota 10. Não pensem que eu era o melhor: Augusto, de Cornélio Alves distrito de Raul Soares, teve registrado um 10 com louvor! Virei engraxate, vendia jabuticaba, caqui, abiu e toda sorte de frutas, quando das suas temporadas. E era batata!: abiu dava em março e jabuticaba em outubro. Hoje, com o aquecimento global, as datas variam. Mas, a manga nativa continua madura no início de dezembro e a goiaba do pasto é ainda colhida em março. Vendendo frutas e engraxando sapatos, aprendi que tinha gente em pior situação que a minha. Onde eu morava tinha água de nascente, energia elétrica e vaso para as necessidades biológicas. Mas, uma vergonha (hoje desaparecida) era o “Morro da Querosene”. Estudando, passei a falar certo, o que me causou transtornos com os moradores daqueles barracos. Eles chegavam para estudar e suas narinas estavam pretas da fumaça originária da queima do combustível de “pobre”. Rir deles era um perigo, mas criança não faz por maldade, era apenas “zoação”, mesmo que fora de propósito. Como disse um dia o escritor Luciano Sheikk, em seu livro sobre a História da Literatura de Ponte Nova: “Ricardo Motta saiu de casa aos 14 anos para nunca mais voltar”. E aqui estou eu na terra da goiabada-cascão. Mas, neste minifúndio de papel não vou encher o saco do leitor com a minha biografia. Muitos já a conhecem de sobra. Quero mesmo é falar que o Brasil está indo para um buraco sem fundo e enfiando na miséria e fome milhares de brasileiros. O novo programa social chamado de “Auxílio Brasil”, que era para se chamar de “Renda Brasil”, é um retrocesso que desmancha a rede de proteção social construída pelo “Bolsa Família”. Além da obsessão para “eliminar” o nome, o atual governo criou o programa legitimando a ideia de que os trabalhadores empobrecidos são responsáveis pela pobreza. Na Medida Provisória de agosto, o ritmo era tirar do “pé” do governante a rede de proteção, acabando com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), o CadÚnico e o Suas (Sistema Único de Assistência Social), desincentivando a agricultura familiar e lotando os bancos governamentais de facilidades para o agronegócio, quando ao mesmo tempo emite dezenas de decretos para facilitar a compra e o uso de pesticidas usados nos transgênicos. Uma pesquisa recentemente divulgada, realizada por pesquisadores do núcleo Food for Justice – Power, Politics and Food Inequality in a Bieconomy, da Universidade Livre de Berlim, em parceria com pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da UnB (Universidade de Brasília), mostra que a insegurança se alastrou de forma aviltante no Brasil. A saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, foi um marco mundialmente reconhecido no caminho à promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável. Mas, nestes tempos de ira e de palavreado chulo e desavergonhado, o “Mapa da Fome” voltou e ganhou filas de famélicos pelo Brasil afora em busca de ossos, pés de frango e restos de verduras e legumes jogados fora por supermercados e sacolões. Eles, os pobres catam os restos na madrugada (têm vergonha): a procissão de esfomeados se parece com uma cena de filmes de zumbis que caminham para a morte!

31/10/2021– 23:10

Quando ainda criança, vi minha mãe ser desamparada pelo seu companheiro (um cabo da PM). Aí ela começou a criar 11 filhos sozinha, em São Pedro dos Ferros. Morávamos na entrada da cidade (para quem vai de Ponte Nova). Dona Georgina saia cedo para trabalhar na Fazenda da família Roldão e eu pequeno, também ia. Era a garantia de um prato de comida. Estudava no Grupo Escolar Luís Alves de Souza, à tarde, onde tirei meu diploma com nota 10. Não pensem que eu era o melhor: Augusto, de Cornélio Alves distrito de Raul Soares, teve registrado um 10 com louvor! Virei engraxate, vendia jabuticaba, caqui, abiu e toda sorte de frutas, quando das suas temporadas. E era batata!: abiu dava em março e jabuticaba em outubro. Hoje, com o aquecimento global, as datas variam. Mas, a manga nativa continua madura no início de dezembro e a goiaba do pasto é ainda colhida em março. Vendendo frutas e engraxando sapatos, aprendi que tinha gente em pior situação que a minha. Onde eu morava tinha água de nascente, energia elétrica e vaso para as necessidades biológicas. Mas, uma vergonha (hoje desaparecida) era o “Morro da Querosene”. Estudando, passei a falar certo, o que me causou transtornos com os moradores daqueles barracos. Eles chegavam para estudar e suas narinas estavam pretas da fumaça originária da queima do combustível de “pobre”. Rir deles era um perigo, mas criança não faz por maldade, era apenas “zoação”, mesmo que fora de propósito. Como disse um dia o escritor Luciano Sheikk, em seu livro sobre a História da Literatura de Ponte Nova: “Ricardo Motta saiu de casa aos 14 anos para nunca mais voltar”. E aqui estou eu na terra da goiabada-cascão. Mas, neste minifúndio de papel não vou encher o saco do leitor com a minha biografia. Muitos já a conhecem de sobra. Quero mesmo é falar que o Brasil está indo para um buraco sem fundo e enfiando na miséria e fome milhares de brasileiros. O novo programa social chamado de “Auxílio Brasil”, que era para se chamar de “Renda Brasil”, é um retrocesso que desmancha a rede de proteção social construída pelo “Bolsa Família”. Além da obsessão para “eliminar” o nome, o atual governo criou o programa legitimando a ideia de que os trabalhadores empobrecidos são responsáveis pela pobreza. Na Medida Provisória de agosto, o ritmo era tirar do “pé” do governante a rede de proteção, acabando com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), o CadÚnico e o Suas (Sistema Único de Assistência Social), desincentivando a agricultura familiar e lotando os bancos governamentais de facilidades para o agronegócio, quando ao mesmo tempo emite dezenas de decretos para facilitar a compra e o uso de pesticidas usados nos transgênicos. Uma pesquisa recentemente divulgada, realizada por pesquisadores do núcleo Food for Justice – Power, Politics and Food Inequality in a Bieconomy, da Universidade Livre de Berlim, em parceria com pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da UnB (Universidade de Brasília), mostra que a insegurança se alastrou de forma aviltante no Brasil. A saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, foi um marco mundialmente reconhecido no caminho à promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável. Mas, nestes tempos de ira e de palavreado chulo e desavergonhado, o “Mapa da Fome” voltou e ganhou filas de famélicos pelo Brasil afora em busca de ossos, pés de frango e restos de verduras e legumes jogados fora por supermercados e sacolões. Eles, os pobres catam os restos na madrugada (têm vergonha): a procissão de esfomeados se parece com uma cena de filmes de zumbis que caminham para a morte!

31/10/2021– 23:10

No dia 14 de outubro, o Senado Federal aprovou Lei altera as regras para as construções em áreas urbanas e áreas antropicamente consolidadas (densamente ocupadas pela ação do homem). Na prática, o Senado devolve aos municípios de legislar sobre meio ambiente previsão constitucional do artigo 30, aprovado em 05 de outubro de 1988, com a promulgação da Constituição Cidadã. Em 2013, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, aquele que colocou muita gente na cadeia por causa do Mensalão, emitiu parecer considerando constitucional as leis municipais 3.224 e 3.3.225 (ambas de 2008), que vedam construções de hidrelétricas no território do Rio Piranga. O caso encontra-se no STF (Supremo Tribunal Federal) tendo como Relator o ministro Gilmar Mendes. Todos os empreendedores desistiram. Embora ambientalista, e radical em muitos pontos, fui o responsável por construir o art. 8º da Lei Municipal .3.242/ 2008, alterada pela Lei Municipal 3.445/2010, que concedia ao Codema o poder para decidir as distâncias para construções em áreas de preservação permanente, de acordo com o grau de antropização. Em áreas preservas, a distância mínima era de 15 metros. A distância mínima, nas áreas antropicamente consolidadas, era de 05 metros. Isto era considerado legal até maio de 2012, quando a Câmara dos Deputados aprovou o Código Florestal, equiparando as áreas urbanas às rurais. Com isto, com isto, o entendimento era a distância mínima de 30 metros para se construir às marges de córregos e ribeirões e maiores em relação às margens do Rio Piranga. O Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente) criado em 09 de setembro de 1981, que era presidido por mim eleito em 03 (três) eleições consecutivas. Agora é imposição legal que seja o secretário municipal de Meio Ambiente, uma aberração aprovada pelo Legislativo ponte-novense, deixando o órgão como mero homologador de atos do Poder Executivo, sem que haja contraditórios. Com o advento da nova lei federal, caberá aos vereadores votar legislação apropriada e determinar 15 metros, tanto para construções às margens do Rio Piranga como para os outros cursos d’água que meçam de 0 (zero) a 10 metros de largura, caso de todos os existentes em Ponte Nova: Vau Açu, Paraíso, Passa-Cinco, Esperança, Oratórios (Anna Florência), entre outros menos conhecidos. Fato é que a Câmara Municipal terá papel fundamental nesta nova situação. E deveria fazê-la por decisão própria, antes que o Poder Executivo tome a iniciativa. O projeto de lei deverá partir dos parlamentares municipais, que homenageariam os 40 anos de fundação do Codema, devolvendo-lhe a autonomia, como previa o vereador Leo Moreira, que em sua campanha ouviu os ambientalistas e colocou em seu Plano de Governo o restabelecimento do ato democrático, de permitir ao colegiado que eleja seu presidente, por voto direto e aberto. Nesta edição, tive o cuidado de ouvir 02 (dois) vereadores sobre o tema. Eles são do Partido Verde (PV): Suellen Fisioterapeuta e Wagner Gomides. Outros têm também consciência ecológica suficiente para entender que a cidade precisa de um choque de ordenamento e seguir determinações aprovadas pelo Codema, que listou áreas proibidas de se construir, mas sem uma lei específica, a clandestinidade vai continuar. Assim continuaremos com 02 (duas) Ponte Nova: uma real e legal e outro clandestina. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

24/10/2021– 11:00

Será que o rio fala? Segundo o advogado e ambientalista, eterno defensor de causas consideradas perdidas de atingidos, Leonardo Rezende, o Rio Piranga fala por suas quedas, cachoeiras e corredeiras. Mas, a voz mais alta do rio será mesmo a sua mensagem viva, com relatos dos personagens que sempre viveram perto de suas margens e em seu leito. Pescando, nadando ou se divertindo com suas paisagens extraordinárias. Quem se encarregará de passar esta mensagem será o documentário cinematográfico “Piranga, o Herói Taciturno”, produzido pela produtora Atlântico Filmes com a coprodução da Impulso Filmes. O projeto iniciado ainda em 2019, quando foi aprovado pela Ancine para a captação de recursos via Lei Nacional de Incentivo Cultural (antiga Lei Rouanet). A Bartofil Distribuidora é a patrocinadora máster, abarcando todos os custos, superiores a R$ 100 mil. Na edição passada, a diretora da produção, jornalista e videomaker Mônica Veiga disse: “produzir este filme é a realização de um sonho antigo. Sonho que começou no ano de 2009, quando trabalhava como jornalista no jornal “O Município” e, a partir de muitas conversas sobre o Rio Piranga, com o meu colega de redação Ricardo Motta, escrevi um roteiro para fazer um filme em homenagem ao rio que corta a cidade de Ponte Nova”. Assim, eu me sinto ligado, de forma umbilical, ao projeto que ainda tem como produtora Dalila Pires, que afirmou: “Este trabalho representa para mim, um pequeno grande salto na minha carreira enquanto produtora. Até então, as produções eram muito pontuais, feitas por Mônica e eu apenas, como o cinema de guerrilha é, o que é bom também. No entanto, ter sido aprovada neste edital, ter conquistado o patrocínio (aproveito para agradecer ao Carlos Bartolomeu, por acreditar no valor desta história para Ponte Nova), todo esse trabalho tem sido uma grande escola”. Homenagem ao Rio Piranga Surge da nascente, alegre, saltitante... Beijando o cascalho que lhe cobre o caminho. Infância rápida, pois novos regatos vêm engrossar-lhe as águas, atingindo a juventude... Agora jovem exibe suas joias: os peixinhos multicores... Tem o primeiro encontro com uma linda pedreira, amor à primeira vista, nasce uma cachoeira... Recebendo novos córregos e ribeirões, torna-se adulto, impetuoso... Aproxima-se de uma grande cidade, fica amargurado... Que fizeram de suas águas claras e cristalinas? Onde estão seus peixinhos multicores? Caminha ofegante com suas margens carcomidas... Por fim, atinge o mar que é o céu de todos os rios e onde espera descansar em paz... “Murilo Vidigal Carneiro, conhecido como Murilo de Calambau, hoje Presidente Bernardes, por onde passa o Rio Piranga, escreveu este poema em 11 de maio de 2005”. Que venha 2022 para o lançamento de Piranga, o Herói Taciturno! (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

17/10/2021– 15:01

A saga do Rio Piranga é como se fosse a história de um ser humano. Conseguiu escapar da sanha ensurdecedora do capital que queria suas águas estancadas em nada menos que 07 (sete) barragens estúpidas. Pilar e Jurumirim (Guaraciaba) e mais 05 (cinco) em Ponte Nova: UHE Baú I (Chopotó); PCH Pontal (Distrito Rosário do Pontal), PCH Nova Brito, PCH Bom Retiro (Laje do Piranga) e PCH Cantagalo. Esta profusão de barramentos acabaria definitivamente com o Rio Piranga. Então, arregaçamos a manga, gastamos saliva, vencemos quilômetros de estrada, mobilizamos comunidade, brigamos na Justiça e vencemos. Nem sempre vencemos, mas as derrotas ambientais sempre nos deixavam mais fortes. O grupo era unido, aguerrido e encaramos a Fiat Automóveis, a Alcan (Alumínios Canadenses), Novelis, Brookfield Energia Renovável, entre outras poderosas e superpoten-tes empresas. Primeiro foi a luta renhida contra Pilar (1997), que afetaria Guaraciaba e de tabela Ponte Nova e rio abaixo. A Igreja Católica entrou no meio com o Padre Claret e o MAB. Depois Baú I e ampliação da PCH Brito. Anos 2.000. Muito sombrio! Personagens se multiplicaram no caminho. Até pareciam Quixotes e fiéis Sanchos Panças. Não nos intimidamos e fomos à luta. Sem medo de errar quero citar alguns nomes que estiveram lado a lado nesta peleja: Hélcio Totino, Dr. Leonardo Rezende, Padovani (Pilar), Ronaldo Fernandes, Padre Claret, José Mauro Raimundi, MAB, Geraldo Brizola (Casanova e Carioca); Gilson José de Oliveira, Antônio de Pádua Gomes (Tuniquim) e Afonso Mauro Pinho Ribeiro/Tim. O Golpe de Mestre foi desferido pelo prefeito da época, Taquinho Linhares (2005-2008). Com sua maneira intransigente e segura, atendeu aos apelos de ambientalistas e construiu a agenda contra barragens no Rio Piranga, no município de Ponte Nova. Em 16 de setembro de 2008 era sancionada a Lei Municipal 3.224, declarando de utilidade pública e como monumento natural toda a extensão do trecho do Rio Piranga que corta o Município de Ponte Nova. A lei veda quaisquer obras ou serviços que alterem ou descaracterizem drasticamente a paisagem natural do trecho do Rio Piranga que corta o Município de Ponte Nova, inclusive construção de hidrelétricas, transposição de águas e hidrovias. Outra lei, da mesma época, que recebeu o número 3.224, transfere ao Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente) o poder absoluto para decidir sobre intervenção no Piranga e deixa claro que a tecnologia para obter energia elétrica não pode ser de barramento. Até o final do ano de 2021, é possível que o filme “Piranga, o Herói Taciturno” fica pronto para ser visto nas universidades públicas e privadas, nas escolas municipais e estaduais, Senai, Sesi, Fiemg, câmaras de vereadores e repartições públicas etc. Isto será possível graças à visão de Carlos Bartolomeu, que acreditou no roteiro elaborado pela jornalista e videomaker Mônica Veiga. Ele construiu com seus irmãos e sobrinhos uma ponte para que a Bartofil Distribuidora patrocinasse o documentárioPiranga, o Herói Taciturno. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

10/10/2021– 14:49

Uma “doença zoonótica” ou “zoonose” é uma doença que passou para o ser humano a partir de uma fonte animal. Suspeitas apontam que o SARS-CoV-2, o novo coronavírus, transmissor da COVID-19, é proveniente do morcego ou do pangolim. Da mesma maneira, animais estão na origem de outras pandemias que já tiraram a vida de milhares de pessoas, como Ebola, Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), febre do Nilo Ocidental e a gripe aviária. Só até este momento, a COVID-19 já contaminou mais de milhões de pessoas no mundo inteiro e foi responsável pela morte de quase 600 mil pessoas em todo Brasil, 204 em Ponte Nova, que teve mais de 6.500 infectadas. O alarme continua ligado, pois as variantes preocupam cada vez mais, “As pessoas olham para a pandemia da gripe espanhola no começo do século passado e pensam que esses surtos de doenças ocorrem apenas uma vez em cada século”, diz Maarten Kappelle, chefe de avaliações científicas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Mas isso não é mais verdade. Se não restabelecermos o equilíbrio entre o mundo natural e o humano, esses surtos se tornarão cada vez mais prevalentes. O desequilíbrio provocado pela ganância do homem em busca de riqueza, amparados cada vez mais por governos não comprometidos destrói a natureza e provoca efeitos danosos. Um novo relatório divulgado pela PNUMA, em parceria com o Instituto Internacional de Pesquisa Pecuária (ILRI) – ”Prevenir a Próxima Pandemia: Doenças Zoonóticas e Como Quebrar a Cadeia de Transmissão” -, ressalta que 60% de todos os micróbios conhecidos por afetar os seres humanos são oriundos de animais. A ciência é clara ao dizer que, se continuarmos explorando a vida selvagem e destruindo os ecossistemas, podemos esperar um fluxo constante de doenças transmitidas de animais para seres humanos nos próximos anos. “As pandemias são devastadoras para nossas vidas e nossas economias e, como vimos nos últimos meses, as populações mais pobres e vulneráveis são as mais impactadas. Para evitar futuros surtos, precisamos ser mais conscientes sobre a proteção do meio ambiente”, diz o relatório. Em Ponte Nova, o desequilíbrio sempre existiu e a marca disso é que os leitos dos hospitais estão cheios para outras comorbidades. A cidade cresce verticalmente e para isso cortam centenas de árvores para dar lugar ao cimento; asfalto é como se fosse arroz com feijão para quem tem fome; o nível de poluição sonora é terrível. O homem sente isso e sua resistência é minada pelo ar contaminado. Tudo isso acaba provocando doenças. Números do novo estudo do PNUMA revelam que 02 (dois) milhões de pessoas morrem, todos os anos, devido a doenças zoonóticas e nos últimos 20 anos elas provocaram perdas econômicas no valor de mais de 100 bilhões de dólares, sem contar a pandemia de COVID-19, que poderá custar 09(nove) trilhões de dólares nos próximos anos. Para os pesquisadores, entre as principais causas desse crescimento sem precedentes de zoonoses no mundo estão a degradação ambiental, incluindo aí o desmatamento, a exploração e o tráfico de animais silvestres e também, de recursos naturais e o aumento do consumo global de proteína animal e como consequência, a expansão agrícola intensiva e não sustentável. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

02/10/2021– 09:56

O infame Ato Institucional de número 5 (AI5) que endureceu a repressão na Ditadura Militar nem tinha completado 02 (dois) meses quando, no dia 24 de janeiro de 1969, o capitão Carlos Lamarca deixou o 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna, em Osasco, São Paulo, a bordo de uma kombi com 63 fuzis FAL, dez submetralhadoras INA e munição. Tudo subtraído do Exército para alimentar a luta armada contra a tirania militar. Na tarde daquela sexta-feira, o carioca de 31 anos estava desertando e, ao mesmo tempo, iniciando de forma ousada a sua curta e intensa carreira na guerrilha. A partir de então, Lamarca assumiria o comando do grupo Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e se tornaria o principal inimigo dos generais. Para relembrar o assassinato há 50 (17 de setembro de 1971) anos de Carlos Lamarca, no interior da Bahia, por tropas do Exército, representantes da esquerda inauguraram na sexta-feira passada, 17 de setembro um busto do guerrilheiro Carlos Lamarca. Em 2017, o então secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, decidiu remover uma homenagem parecida. O novo busto foi erguido no mesmo local, um parque em Cajati (SP). A historiadora Juliana Marques do Nascimento, pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) disse à BBC de Londres: “Lamarca foi completamente avesso ao Golpe Militar de 1964 e demonstrava profundo incômodo com o cenário político e arquitetou uma organização mais atuante, tanto na oposição ao novo regime, quanto na luta pela construção do socialismo no Brasil”. Em agosto de 2017, durante visita ao Parque de Cajati, Salles determinou que a estátua, seu pedestal e um painel contendo fotografias e informações acerca da passagem de Lamarca pelo Vale do Ribeira fossem retirados do local. Os objetos estavam ali desde 2012, por decisão do Conselho do Parque. Um dos fundadores do Movimento Endireita Brasil, Ricardo Salles (desastrado ex-ministro de Meio Ambiente), ao se deparar com o busto disse que era “inadmissível erguer com dinheiro público monumento a um guerrilheiro, desertor e responsável pela morte de inúmeras pessoas”. Lamarca, o Capitão da Guerrilha, como ficou conhecido na história, registrada em livros e filmes, foi considerado desertor, acusado de assaltos a bancos e de comandar o sequestro do embaixador suíço Giovanni Bucher, no Rio de Janeiro, em 1970, em troca da libertação de 70 presos políticos (entre eles Fernando Gabeira), ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Militar e cassado pelo regime. Curiosamente, a trajetória de Lamarca marcou a adolescência de alguém que também se tornaria capitão do Exército e enveredaria pela política: o atual presidente Jair Bolsonaro. Não é só o tempo de uma geração que separa ambos. Essas figuras estão em pontos diametralmente opostos do espectro político e ideológico: se Lamarca, feito guerrilheiro contra a ditadura, tornou-se um ícone da esquerda revolucionária, Bolsonaro representa o conservadorismo da extrema-direita. De forma reiterada ao longo de sua carreira política, Bolsonaro já repetiu que teria se impressionado com os relatos da caçada, pelos militares a serviço da repressão, ao guerrilheiro Lamarca e seus companheiros. E que isso teria influenciado inclusive a sua vocação militar. Mas, existe uma diferença de patente: em 2007, a Comissão da Verdade elevou Lamarca a coronel do Exército. Bolsonaro foi “saído” do Exército, como capitão, aos 33 anos, mesma idade em que Lamarca foi assassinado.

27/09/2021– 15:49

Nos últimos anos, o debate político no Brasil parece que se desgarrou da lógica. Como explicar que, mesmo com popularidade em viés de queda, Bolsonaro mantenha entre 25% a 30% de apoiadores cativos? O bolsonarismo é o fenômeno mais visível dessa desconstrução. No 7 de setembro, milhares em verde e amarelo foram às ruas de Brasília, São Paulo e Rio para apoiar o presidente Jair Bolsonaro, desconsiderando a desastrosa gestão do combate à pandemia de coronavírus, a alta nos preços da comida, do gás e dos combustíveis e o agravamento da crise hídrica. Filósofo, escritor, letrista e debatedor do programa Papo de Segunda, no GNT, Francisco Bosco tem interessantes reflexões sobre o atual momento. Em tempo: Francisco Bosco é filho do cantor, músico e cantor ponte-novense João Bosco, com Ângela, que é artista plástica, especialmente com papier marché, que inspirou a letra de José Carlos Capinan, Papel Marchê, que João Bosco musicou. Para o fervor dos bolsonaristas, Francisco Bosco argumenta que conservadores, ultraconservadores e reacionários não têm mais os problemas econômicos como principal preocupação. “Eles temem perder a hegemonia recém-conquistada do modo de vida conservador”, explica o filósofo, nessa entrevista à coluna de Chico Alves, no portal Uol on-line de domingo, 12 de setembro. É preciso, porém, reconhecer que há turbulências no outro lado. Nos debates, parte da esquerda também adota certo grau de sectarismo, jogando no mesmo balaio qualquer grupo ideológico que não esteja integralmente alinhado com suas convicções. “Se você considera que toda tradição liberal ou que toda a tradição conservadora é um lixo, é fascista, você está caricaturando essa tradição”, diz Bosco. Francisco Boco afirma que teremos que nos reconstruir na esfera pública, pois o debate público do Brasil está completamente envenenado. Para ele o custo psíquico da degradação da sociabilidade no Brasil está muito grande. “A gente vai ter que reconstruir isso e evidentemente reconstruir a cidadania brasileira, porque o pacto da Constituinte, o pacto da Constituição de 1988, bem ou mal vinha sendo sacramentado por todos os governantes da redemocratização, em maior ou menor grau”, Revela Bosco. Ele, Francisco Bosco, não acredita que o acirramento das contradições vá produzir uma situação que seria subitamente regeneradora. Isso não faz parte das suas convicções. “Eu acho que a gente está vivendo um momento tétrico, horrendo, que vai exigir do país uma reconstrução em praticamente todos os níveis da sua experiência”, encerra o filósofo, com sangue de ponte-novenses. Francisco Bosco e o pai João Bosco lançaram um disco com letras do filósofo (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

20/09/2021– 10:54

Silenciosamente, em todo o planeta, bilhões de abelhas estão morrendo, ameaçando as colheitas de nossas plantações e nossos alimentos. Entretanto, em 24 horas, a União Europeia poderá tomar medidas para banir alguns dos agrotóxicos mais venenosos e pavimentar o caminho para uma proibição global que salvaria as abelhas da extinção. As abelhas não só produzem mel, mas são vitais para a vida na Terra – a cada ano elas polinizam 90% das plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de um terço da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, muitas das nossas frutas, legumes e nozes preferidas poderão desaparecer das prateleiras. A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede da Bayer, maior produtora de agrotóxicos, baniram alguns destes produtos que matam abelhas. Porém, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o resto do mundo. Assine a petição urgente para os líderes europeus: http://www.ava-az.org/po/ hours_to_save_the_bees/?behcCdb&v=21543. O presidente da Cooperativa Nacional de Apicultura, sediada em Nova Lima, em Minas Gerais, Cristiano Carvalho começou notar a morte das abelhas há mais 05 (cinco) anos. “Chegam diversos casos à cooperativa de mortes em massa de abelhas, de colmeias vazias, de abandono de enxames. No fim do ano passado, um apicultor contou que perdeu 100 colmeias, sem nem saber o porquê. Considerando que cada colmeia tem 80 mil abelhas, imagine o prejuízo”, falou Cristiano Carvalho. O cálculo é de 08 (oito) milhões de espécimes mortos de uma vez só. Cristiano Carvalho conjectura as possíveis causas das mortes em massa mas, ao mesmo tempo, chega a um impasse. Acredita-se que isso se deve ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas. Mas os apiários precisam de uma área bem extensa e, geralmente, são vizinhos ou ficam juntos às outras produções, como uma plantação de mexerica, onde se usa muito veneno por meio de pulverização. Hélcio Totino, um dos únicos ambientalistas de Ponte Nova (morreu em janeiro de 2020) que já defendia essa tese, ainda em 2009, dizia que sempre que uma área é pulverizada morre um tanto de abelha. “Isso é fato. Por outro lado, se não houver a pulverização, o produtor vai perder a colheita de mexericas”, dizia ele, acrescentando que a solução era proibir agrotóxicos e criar soluções com mecanismos naturais, ou seja predadores de insetos que matam plantações. Observação: vão me perguntar porque não falei de 07 de setembro. Ah! Bem, eu falo: recebi manifestações pelo meu aniversário e não perco mais tempo “querendo consertar o que não tem mais conserto”, como dizia Raul Seixas. O voto em outubro do ano que vem (2022) vai resolver o problema. Ou, quem sabe, um impeachment pelo caminho?

13/09/2021– 12:01

Depois do tiro no pé dado pelo grande compositor, cantor e ator, nas horas vagas, Sérgio Reis, o que se vê e ouve é o delírio inconsequente dos amantes do atual ocupante do Palácio do Planalto. Falam em invasão de STF e Congresso, voto impresso (já negado e renegado pelos congressistas) e os mais ousados (irresponsáveis, na verdade!) pretendem chegar armados na Paulista e no Planalto Central. O gado não terá o berrante de Sérgio Reis para chamá-lo, mas ganhou até outdoor na cidade de Raul Soares, com logomarca da Polícia Militar de Minas Gerais e palavras de civismo. Há quem sonhe com o artigo 142 da Constituição Federal e pedem dissolução do Congresso, compara os tempos atuais aos de 1964. Leram mal o que aconteceu naquele tempo, falam em comunismo, coisa que nunca existiu no Brasil. A proposta era implantar o Estatuto da Terra, bandeira de João Goulart, derrubado pela “Marcha com Deus pela Família e Liberdade”, comandada pelo Padre Patrick Peyton, americano estimulado pela CIA, como nos outros países da América Latina. A marcha foi desencadeada por um discurso do presidente Jango na Central do Brasil (Rio de Janeiro) em 13 de março de 1964, no qual ele pediu reformas políticas, incluindo controle de aluguéis: impostos sobre a riqueza; desapropriação de terras dentro de 10 quilômetros de estradas, ferrovias e barragens, e a nacionalização de refinarias de petróleo. Por anos, as reformas moderadas foram vistas pelo governo dos Estados Unidos como uma ameaça aos seus interesses financeiros e hegemonia na região. Goulart também pediu a nacionalização de empresas estrangeiras de mineração, como a americana Hanna Mining. Para desacreditar Goulart, os EUA jogaram com o medo exagerado de comunismo, por meio de extensa propaganda fornecida por jornalistas macartistas e figuras financiadas pela CIA como o padre Patrick Peyton, que ajudou a exagerar a ameaça do comunismo. Quem financia o discurso de hoje são empresários mal-intencionados, como o “Véio da Havan” e jornalistas que se venderam às benesses das “burras” de Jair Bolsonaro, como Sikêra Júnior e o Ratinho. O resto é fantasia louca, de gente que não pensa no Brasil e que não viveu a Ditadura Militar, que se abateu sobre o Brasil, matando heróis que lutaram contra baionetas e tanques tingidos de sangue de brasileiros como Adrianinho Fonseca, filho de Ponte Nova.  

06/09/2021– 20:36

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