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“O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento”

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Foi o que disse Daniel Boorstin, diretor da biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em seu visionário livro “The Image”, de 1962. Há 60 anos, ele relatava a substituição do noticiário por não-fatos, na época as entrevistas coletivas à imprensa. Eram uma forma de fazer com que o interesse público deixasse de ser a espinha dorsal do noticiário.
No jornalismo é confronto de ideias e incomodação de quem é entrevistado. Como jornalista de mais de 42 anos de trabalho em redações, nunca me interessei por entrevistas coletivas. Aliás, a rigor em Ponte Nova, raras foram as entrevistas coletivas. Na verdade, o poder público convoca faz um discurso e depois abre para perguntas.
“Eu gosto do Flow, do Igor, fui a vários podcasts da casa. É preciso entender a diferença entre esse tipo novo de comunicação, o método jornalístico e o “shownalismo” que se instalou em veículos tradicionais. Jair Bolsonaro não deu uma “entrevista” no Flow. Igor não foi treinado para confrontar uma autoridade nem se propõe a isso. Não se pode comparar esse trabalho a um produto jornalístico porque não é”, diz a colunista do UOL, Madeleine Lackso.
O presidente Jair Bolsonaro ficou 05 (cinco) horas desfilando um monte de impropérios e aleivosias, para o delírio da patuleia que o aplaude, seja com ou sem razão. Quem procurar por momentos de lucidez na maratona verborrágica de Jair Bolsonaro no Podscast Flow sairá com muito pouco ou quase nada para apresentar. Mentiras, negacionismo, teorias da conspiração, mais mentiras, homofobia, golpismo, ainda mais mentiras, acusações sem provas, falseamento da história, outra saraivada de mentiras.
O senador Flavio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que fazem parte da filhocracia, ora no poder, estão propondo fazer campanha para que Paulo Guedes seja laureado com o Nobel da Economia. Como assim? Isto é delírio só pode ser curado na Casa Verde!
Para atacar Lula, Michelle Bolsonaro liga religiões afro-brasileiras a ‘trevas’
A primeira-dama, protagonista da campanha de Bolsonaro nas últimas semanas, usou um vídeo antigo do ex-presidente, publicado em 2021. A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para endossar a alegação de que o ex-presidente Lula (PT) “entregou sua alma para vencer essa eleição”. A mensagem acompanha um vídeo antigo em que o petista se encontra com representantes de religiões afro-brasileiras.
A legenda da gravação publicada pela vereadora de São Paulo Sonaira Fernandes (Republicanos) e compartilhada por Michelle diz que “não lutamos contra a carne nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas”. E emenda: “Isso pode né!”
É cruel para as mulheres saber que Michelle Bolsonaro, “tão linda, recatada e do lar”, se submeta às sandices e misoginia do seu marido: “Ela fez LIBRAS por que falava muito alto e escuta pouco”. Ou: “Eu já dei um bom dia muito especial para ela hoje. Acredite se quiser”, disse em tom de brincadeira, mas de cunho sexual.

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