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Ricardo Motta

O Congresso Nacional derrubou  na sexta-feira, 16 de dezembro um veto feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)  a uma lei que proibia a chamada arquitetura hostil em espaços públicos. A lei ganhou o nome de Padre Júlio Lancellotti, em homenagem ao padre paulista que tem um trabalho reconhecido de ajuda a pessoas em situação de rua. Arquitetura hostil é o nome que se dá ao uso de materiais e estruturas para afastar pessoas em situação de rua de locais públicos nas cidades — como pedras, espetos pontiagudos, pavimentação irregular, entre outros. Em 2021, um vídeo do Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua (Arquidiocese de São Paulo), quebrando pedras colocadas debaixo de viaduto  de São Paulo para afastar pessoas em situação de rua, viralizou nas redes sociais. O veto de Bolsonaro foi derrubado por 60 votos a 04 (quatro) no Senado e 354 votos a 39 na Câmara. A lei foi vetada pelo atual presidente na quarta-feira, dia 14 de dezembro. O presidente alegou o veto foi necessário para preservar a “liberdade de governança da política urbana”. O presidente Jair Bolsonaro decidiu barrar o texto por avaliar que o projeto “poderia ocasionar uma interferência na função de planejamento e governança local da política urbana, ao buscar definir as características e condições a serem observadas para a instalação física de equipamentos e mobiliários urbanos, a fim de assegurar as condições gerais para o desenvolvimento da produção, do comércio e dos serviços”.   Há 03 (três) anos, na Sala de Licitações da Prefeitura de Ponte Nova, estive presente no encontro de empresários, artistas e políticos, que foram ver de perto a apresentação, pela secretária municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Sandra Brandão, do Projeto de Revitalização da Rodoviária Velha e seu entorno, no Centro Histórico, agora apelidado de Novo Centro pela atual administração pública. Em dado momento, eu e Geraldo Jannus (presidente do Sindserp, na época) começamos a ficar inquietos, ela (Sandra) falava que haveria uma revitalização que mudaria a plástica daquele lugar. Mudou mesmo, inclusive fizeram o corte de 04 (quatro) sibipirunas de mais de 40 anos. Tiveram que usar máquinas para arrancar as profundas raízes. “Vai ficar muito bonito!”, disse a secretária.   Decidimos que Geraldo Jannus faria a pergunta que não quer calar: “Tudo legal, show de bola, mas o que estão pensando para resolver a situação daqueles a moradores de rua, viciados em crak, que transitam por lá?”. Um secretário que estava assistindo interveio e disse: “Primeiro vamos revitalizar para melhorar o comércio local, colocar uma imagem melhor. Este problema a gente vê depois”. Levantei-me da cadeira, me dirigi para a porta de saída e fui embora. O Novo Centro continua por lá e os moradores de rua abandonados à própria sorte.  

22/12/2022– 12:36

Por muito tempo o feminismo foi reduzido a uma cartilha de escolhas pessoais. Feministas, afinal, são mulheres que lutam pelo direito de ter pelos debaixo do braço. A tentativa de se ridicularizar uma luta que nada diz respeito a decisões de ordem individual é ferramenta antiga no combate a lutas emancipatórias. Ridicularizar para diminuir e, assim, enfraquecer. "Por que pelos no corpo de uma mulher incomodam tanto?", escreveu Milly Lacombe em sua coluna no Canal UOL de Notícia, terça-feira passada,13 de dezembro. Uma pergunta dessas que pode nos levar a refletir de modo mais profundo sobre o que está em jogo. Nesta semana, a atriz Bruna Linzmeyer foi atacada nas redes sociais por exibir seu corpo livre na praia em um momento de alegria. O pecado de Bruna foi ter pelos debaixo do braço. Por que a sociedade em que vivemos acha que pode legislar sobre corpos de mulher? Pelos nas axilas masculinas não causam fúria, mas na da mulher sim. O que está inscrito nessa discrepância? Desde sempre as mulheres têm seus corpos regulados: fecha a perna; não vai sair com essa roupa, mulher usa salto; mulher precisa se maquiar; mulher usa saia; mulher precisa ser magra; Precisa cuidar da pele do rosto; mulher não pode andar por aí de qualquer jeito etc. Em 2009, escrevi artigo no site Pontenet e no jornal “O Município de Ponte Nova”, que falava sobre pelos nas mulheres. 13 anos depois continuo pensando deste jeito. Trago trechos do artigo. Leiam abaixo: Uma mania vem “atacando” quase todas as mulheres. Elas estão raspando a genitália por completo. Alegam que ficar com pelos é anti-higiênico, e coisa e tal. Engraçado esta nova filosofia! Quer dizer que as mulheres que ostentam pelos são porcas? Não promovem a higienização devida no delirante objeto do desejo? Do desejo e da continuidade da vida! O certo é que muita gente anda meio decepcionada com esta nova mania. É só olhar e perceber que aquele local não tem mais o charme e o encanto necessário e que provoca um tesão incontido. Aliás, a vagina é o órgão mais bonito do corpo humano. Depois dos seios, é lógico! Os 02 (dois) fazem a diferença. Um procria e o outro cria. O outro provoca devaneios e o um incendeia! Pelos à parte: TIREM AS GARRAS DO CORPO DA MULHER!

16/12/2022– 10:37

O Primeiro-ministro da Inglaterra (1940) Winston Churchill teria dito que a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais. Mas, é na democracia que temos que acreditar, E a democracia brasileira, a exemplo de outros regimes democráticos, vive uma crise. Espaços de poder são hoje ocupados por forças políticas, pessoas e discursos contrários aos direitos fundamentais e ao funcionamento de instituições independentes. Parlamentares eleitos invocam a imunidade material garantida pela Constituição de 1988 para sustentar visões de mundo absolutamente autoritárias. Governo, à exceção de todas as demais. Mas, é na democracia que temos que acreditar. Nesse cenário, a Revista da AJURIS publicou artigo que analisa os limites constitucionais à imunidade material, de modo a afirmar que tal garantia, embora fundamental para assegurar a independência do Poder Legislativo e o bom exercício dos mandos, não abarca a defesa de ideias francamente antidemocráticas, como a dissolução do Congresso Nacional, o fechamento da Suprema Corte ou discursos de ódio. A demarcação desses limites não apenas perpassa o exame do que é imunidade material e da interpretação que o Supremo Tribunal Federal dá ao conceito. A tarefa também envolve o reconhecimento de que a democracia brasileira deve ser uma democracia militante, isto é, um regime político que protege a sua própria sobrevivência, diante de projetos autoritários de poder. No dia 12 de setembro deste ano, foram comemorados, isto mesmo: foram comemorados os 100 anos da chegada do Fascismo na Itália! As comemorações mais ruidosas aconteceram em Predappio, cidade onde nasceu e foi enterrado Benito Mussolini, o criador do regime discriminatório e violento. Seu túmulo, localizado na cripta da capela da sua família, atrai dezenas de milhares de visitantes todos os anos. Hoje o movimento neofascista no Brasil se apresenta sob a forma do bolsonarismo. Esse neofascismo no mundo ganha cada vez mais adeptos. Veja o que ocorre na Hungria, na Polônia. Na Suécia, com raízes neonazistas, o partido Democratas da Suécia (SD) conquistou mais de 20% dos votos nas eleições do dia 10 de setembro deste ano. Agora já pode fazer parte do governo pela primeira vez na História. No Brasil, o desfile cívico-militar, no 7 de setembro de 2022, deve ser visto como um alerta para os que amam a democracia. Aliás, Bolsonaro é um personagem tipicamente de extrema-direita que não convive com os ideais democráticos. Disse bem Mathias Alencastro, em artigo para a “Folha de São Paulo” publicado em 12 de setembro de 2022, que Jair Bolsonaro é de extrema-direita. O Líder Notícias tratou do assunto em 09 de setembro deste ano (2022) e mostrava o perigo dos governos autoritários. Voltemos ao tema: o princípio da democracia militante destina-se, pois, a amarrar um procedimento de normatização legítima do direito. Significa, portanto, que somente podem pretender ter validade legítima leis juridicamente capazes de ter o assentimento de todos os parceiros de direito em um processo de normatização discursiva.

25/11/2022– 10:47

As eleições para a presidência do Brasil se encerraram há 18 dias (escrito dia 17/11). E desde então o engenheiro civil Cleber Tavares, de 34 anos, tem tido problemas em seu trajeto de ida e retorno entre o trabalho e casa devido ao bloqueio instalado na Avenida Raja Gabaglia, em frente à sede da 4º Região Militar, em de Belo Horizonte. No local, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestam contrariamente ao resultado das urnas, que elegeram Lula como próximo presidente do Brasil A foto que ilustra este artigo é dele (Cleber Tavares) e as informações eu li no domingo passado, dia 13/11/2022, no Portal UAI/Estado de Minas, quando preparava matérias especiais para a edição nº 516, que circula nesta sexta-feira, 18/11. Isto mesmo, eu trabalho aos domingos para adiantar textos e elaborar pauta de trabalho para toda semana. Jornalista não tem feriado e nem domingo e trabalha por prazer. Para mim, é quase um orgasmo.   Eles, os manifestantes da Raja Gabaglia e de tantas outras manifestações antidemocráticas, odeiam Lula, odeiam nordestinos, odeiam “comunistas”, termo que abrange tudo que não idolatre o extremismo bolsonarista. Odeiam, talvez, a própria existência. Durante um dos vários congestionamentos que tem enfrentado na região, Cleber Tavares observou uma cena de contraste que o fez tirar uma foto. Um tanque de guerra com uma manifestante à frente, enquanto, bem ao lado, uma senhora procura restos de comida em sacos de lixo espalhados pela calçada. VOLTEM PARA CASA! CHEGA DE BOBAGEM! A ESPERANÇA VENCEU O MEDO E VAMOS CAMINHAR JUNTOS! LULA VAI GOVERNAR PARA TODOS!

18/11/2022– 11:14

No livro “Assassinato de Reputações – Um crime de Estado”, Romeu Tuma Jr. narra a história de uma chantagem contra Lula por fotos de “uma coisa muito comprometedora” contra o petista ocorrida na Amazônia. Romeu Tuma Jr. foi Secretário Nacional de Justiça de Lula e 01 (um) ministro de Jair Bolsonaro bate na porta dele para encontrar outra “bala de prata” na reta final de campanha para atacar Lula. O ex-ministro não disse nome e informou que tudo que ele tinha a dizer está no livro. A lista de bondades para ganhar a reeleição incluiu a "PEC Kamikaze", que ampliou benefícios em ano eleitoral, e a liberação de verbas do Orçamento Secreto. Sem a chamada "bala de prata" no primeiro turno, os assessores presidenciais focaram no aumento da rejeição de Lula, mas Bolsonaro perdeu com mais de 6 milhões de votos de diferença. O ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro (PL), Fábio Faria, pode ter cometido crime eleitoral com a denúncia – sem provas – de que emissoras de rádio estão boicotando a campanha à reeleição do presidente. Segundo Faria, ao longo do segundo turno, essas emissoras deixaram de veicular ao menos de 154 mil inserções da propaganda eleitoral de Bolsonaro, conforme uma suposta “auditoria”. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes negou na noite de quarta-feira, 26 de outubro pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar a alegação de irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios. Para Moraes, os dados apresentados pela campanha sobre supostas irregularidades são inconsistentes. O candidato à reeleição disse que recorreria ao STF. O âncora do programa “O É da Coisa”, jornalista Reinaldo Azevedo, afirma que Jair Bolsonaro está atrás da famosa “bala de prata”, alguma coisa que mude o que parece ser o destino das eleições. Reinaldo Azevedo acredita que o presidente não perdeu votos de seus eleitores após a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson. Porém, ele entende que essa história não ajuda o candidato à reeleição a ganhar votos. A conclusão é a de que o comitê de Jair Bolsonaro teme algumas “loucuras” próprias do estilo presidencial, como, por exemplo, o pífio resultado do Auxílio Brasil que não rendeu um voto sequer para o presidente Bolsonaro, assim como não rendeu nada, também, o barateamento da gasolina e do diesel, tido pelo comitê da reeleição como 02 (dois) tiros n’água. Até porque os beneficiários desses 02 (dois) traques teriam sido exatamente os que já votam em Bolsonaro: sobretudo os mais ricos. (*) No folclore, uma bala de prata é supostamente o único tipo de munição capaz de matar lobisomens, bruxas e outros monstros. Não só bala de prata, mas flechas de pratas também pode ser um item utilizado para matar alguns monstros.  

28/10/2022– 10:09

"Você precisa saber da piscina/ Da margarina, da Carolina, da gasolina/ Você precisa saber de mim/Baby, baby, eu sei que é assim/ Baby, baby, eu sei que é assim". Assim Caetano Veloso alertava na década de 60 sobre o consumismo e a gasolina. A gasolina da época enchia tanques de fuscas, os famosos rabos de peixe. Hoje, o combustível enche de tanques de jet skis que não pagam impostos, que foram desonerados pelo governo federal do amante de ricos e empresários, sob a liderança do “coiso” Jair Bolsonaro. Aquele cara, ele mesmo, o cara do “pintou um clima” quando viu menininhas venezuelanas “arrumadinhas” para se prostituir! Depois de meses com gasolina acima dos R$ 7,00 o brasileiro mal sentiu a alta de 1,5% no preço médio do combustível na última semana (dia 10/10) em relação à anterior. Na prática, o custo do litro passou de R$ 4,79 para R$ 4,86, marcando o primeiro aumento desde junho, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou as medidas tributárias para reduzir o preço do combustível. A má notícia é que esses reajustes podem voltar a se tornar mais comuns do que gostaríamos, principalmente após as eleições. Apesar de a limitação do ICMS continuar valendo no ano que vem, a medida que zera os impostos federais é temporária, com validade até dia 31 de dezembro de 2022. Segundo o governo federal afirmou ao anunciar o plano, a isenção dos impostos teve impacto de menos R$ 0,69 no litro da gasolina, R$ 0,35 no litro do diesel e R$ 0,24 no litro do etanol. Nas últimas semanas, o canal UOL noticiou que membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2º turno das eleições em 30 de outubro. A informação foi revelada pelo portal G1. Já a maior refinaria privada brasileira, a Refinaria de Mataripe, aumentou no sábado, 15/10, seus preços de venda da gasolina e do diesel. Foi o segundo aumento após o anúncio de corte de produção da Opep+. Controlada pelo fundo árabe Mubadala, a Refinaria de Mataripe elevou o preço da gasolina em 2%. O do diesel-S10 foi aumentado em 8,9%. No sábado anterior (08/10), a empresa já havia aumentado os preços em 9,7% e 11,3%. Durante a sua fala no debate no domingo, dia 16/10, na Band e TV Cultura o candidato Luiz Inácio Lula da Silva atacou a Política de Preços por Paridade de Importação da Petrobras. "Os preços não têm que ser dolarizados. A exploração é em real, o salário em é real", afirmou. Enquanto isso, as redes sociais criaram memes com a fala do presidente “pintou um clima”. Uma cara com cara esgarçada de Bolsonaro aparece montado em uma motocicleta (sua preferência) e o título: Em breve nos cinemas: “O tarado da motocicleta”.

21/10/2022– 10:46

Em artigo publicado em seu blog no portal UOL no domingo, 09 de outubro, o comentarista e ex-jogador Walter Casagrande Jr. explica o apoio de "esportistas envolvidos em atos criminosos, infrações, injúrias preconceituosas, declaram voto no perverso Bolsonaro". Entre os diversos atletas, Casagrande cita com destaque o goleiro Bruno, condenado por ter sido o mandante do assassinato de Eliza Samudio, mãe de 01 (um) de seus filhos, o ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, e o atacante da seleção brasileira Neymar, acusado de sonegação de impostos no Brasil e na Espanha. "Obviamente, Jair Bolsonaro faz tudo, na maioria das vezes com abuso de poder, para defender um familiar ou um apoiador de seus planos malignos", escreve Casão, lembrando a anistia a Daniel Silveira, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Colocou 100 anos de sigilo para as investigações contra ele e os filhos no caso das rachadinhas. Também colocou em sigilo os gastos do cartão corporativo usado por ele. Usa e abusa da sua posição de presidente para ajudar pessoas condenadas ou investigadas por algum crime", explica o ex-jogador. "São tantos atropelos à lei e tantas imoralidades que são cometidas por esse governo que tem muita gente do esporte com o nome sujo na praça que também quer se aproveitar — ou até já está se beneficiando — dessa onda de impunidade", emenda. Casão cita os casos de Bruno que foi condenado a 22 anos e 03 (três) meses por esquartejar Eliza e jogar os restos mortais a cães, e o caso de Robinho condenado a 09 (nove) anos de prisão por participação em um estupro coletivo na cidade de Milão, na Itália. "Neymar não poderia ficar de fora, até porque já pediu que o presidente perdoasse sua dívida de impostos", relata, lembrando do julgamento na Espanha no próximo dia 17. Caso seja condenado, Neymar pode ser preso e ficar fora da Copa do Mundo. São 37 acusações, por exemplo, a de corrupção entre particulares. A justiça espanhola está pedindo dois anos de prisão e uma indenização de aproximadamente 150 milhões de euros (R$ 760,7 milhões). “Neymar continua sendo infantil, mimado, porque a primeira coisa que fez foi pedir dispensa do julgamento — que foi negada por se tratar de uma investigação criminal", diz Casão, que emendou: “E o que ele tem em comum com Bruno e Robinho? Declarou voto (mesmo sem votar), com uma dancinha de deboche, ao mesmo Jair Bolsonaro".  

14/10/2022– 10:33

O mea-culpa Reinaldo Azevedo disse em sua coluna no portal UO/Folha que “o iluminista Bolsonaro acha que nordestino vota em Lula por analfabetismo”. Segundo a revista britânica o presidente Jair Bolsonaro mente com a mesma facilidade com que respira. Depois do resultado da votação havia se calado sobre as urnas, deixando para as Forças Armadas a palavra final. Como se isso existisse. Até o "Veio da Havan" disse confiar no sistema de votação. Na quarta-feira, no entanto, com a divulgação da pesquisa do Ipec, voltou à conversa mole de sempre, pondo em dúvida as urnas eletrônicas. Isto além de desancar o Nordeste dizendo que os moradores daquela região são analfabetos porque são governados pelo PT. Alguém deveria avisar ao presidente Jair Bolsonaro que não existe analfabetismo no Nordeste. É no Ceará que estão 09 (nove) das 10 melhores escolas brasileiras, segundo MEC (Ministério da Educação). Quanto a dizer que os nordestinos são governados pelo PT é desconhecer Geografia e História. O Maranhão foi governador anos a fio pela Família Sarney. que é de direita. A educação por lá melhorou quando o cara de esquerda passou a governar o estado: Flávio Dino. Não por acaso ele instituiu o Piso Salarial da Educação Maranhense: o professor com jornada de 40 horas semanais, em início de carreira, tem a remuneração de R$ 6.867,68 mensais. O piso nacional é de R$ 3.845,63, que o Governador Romeu Zema, aliado do atual presidente, não quer pagar de jeito nenhum. Direita com direita se entende! O Ipec divulgou na quarta-feira, 05/10, com divulgação a partir de 18 horas, a sua 1ª pesquisa em meio à investida dos bolsonaristas contra os institutos. Se a eleição fosse hoje, segundo o Ipec, Lula seria eleito com 51% dos votos totais, contra 43% de Bolsonaro. Descontados brancos, nulos e indecisos, o ex-presidente teria 55% dos votos válidos, contra 45% do atual. Uma pesquisa cravou exatamente o percentual de votos de Lula no 1º turno, enquanto outra se aproximou do de Bolsonaro. Atual presidente disse no sábado que venceria com "60% dos votos", mas mudou o discurso após resultado das urnas. Comparação mostra que institutos acertaram mais no 1º turno de 2022 do que em 2018. Levantamento que mais se distanciou do resultado foi do único instituto propagandeado pela campanha bolsonarista como “confiável”: CNT/MDA. A pesquisa Atlas, por sua vez, foi a que mais se aproximou dos números obtidos por Bolsonaro. No sábado, o último levantamento do instituto disse que o atual presidente tinha 41% das intenções de voto. Erraram por 2,3%, mas o percentual era de 2,5% para mais e para menos. O discurso de que os institutos “erraram feio” está sendo potencializado, principalmente pelas redes bolsonaristas.

06/10/2022– 15:46

A jornalista Vera Magalhães virou alvo da violência Bolsonarista. Não são lobos solitários que investem contra o corpo e a dignidade da jornalista. São agentes bem orientados por um tipo de lógica de morte que há mais de 04 (quatro) anos tenta controlar o Brasil em todos os níveis. O Bolsonarismo precisa da violência de gênero, assim como um vampiro precisa de sangue para não morrer. Esse é um dos pilares que estruturam a sociedade que bolsonaristas (a maioria) querem erguer. Bolsonaro tem, mais do que um plano de governo, um projeto de sociedade. Nessa sociedade bolsonarista, homens andam armados, mulheres se curvam. Homens mandam, mulheres obedecem. Nesse projeto de sociedade, florestas viram pó, corrupção tá liberada (chamam rachadinha que é para não assustar), pessoas negras não apitam muito, LGBTQIAP+ podem morrer porque não fazem falta. Nessa sociedade, a lógica é miliciana do começo ao fim. Vera Magalhães foi escolhida por essa turma covarde para virar, literal e simbolicamente, o rosto do inimigo. A experiente jornalista foi, durante os 13 anos de administrações petistas, oposição bastante eloquente. E, ainda assim, seguiu podendo falar abertamente o que pensava de Lula, de Dilma e do PT sem ser agredida. Mas, Vera Magalhães precisa revisitar o passado e fazer o mea culpa, mas vamos continuar defendendo-a dos ataques de qualquer maneira. Ela pouco deu atenção para a Lava Jato. Sérgio Moro conduziu as investigações do Escândalo do Banestado. Ali sim, houve corrupção, mas ele não condenou ninguém. Enquanto Dilma foi alvo da fúria covarde da extrema-direita, Vera calou. Quando Cora Ronai e Míriam Leitão ridicularizaram a roupa e o andar de Dilma na posse, Vera calou. Quando a caravana de Lula foi recebia a pauladas no sul do Brasil, Vera disse que pedradas faziam parte da política. Quando Lula foi ao velório de dona Marisa, Vera debochou e sugeriu que casássemos com alguém que não fosse fazer comício em seu velório. Quando Manuela D'Avila foi 62 vezes interrompida no programa Roda Viva (TV Cultura), Vera disse que era do jogo e que estava acostumada a atuar em ambientes cheios de homens, indicando que Manuela fazia drama ao reclamar da impossibilidade de concluir um pensamento sequer. Quando Boulos foi contratado como colunista da Folha, Vera democraticamente sugeriu que ele fosse desligado dado que, segundo ela, Boulos estava associado ao banditismo. Texto do Canal UOL/Folha: “Prestar solidariedade a Vera Magalhães envolve resgatar como viemos parar aqui. Visitar o passado não é nossa maior qualidade e, justamente por evitarmos a viagem, repetimos e aprofundamos os erros. Mas só podemos crescer e melhorar se olharmos para o que fizemos e entender como e por que erramos. Isso vale para nossas vidas pessoais e vale para nossa história enquanto sociedade e nação”. Como, afinal, viemos parar nesse lugar de tanta dor e violências? Viemos parar aqui quando naturalizamos a candidatura de um homem como Jair Bolsonaro e, para não eleger mais o PT, fingimos que ele era parte aceitável da política. Viemos parar aqui quando deixamos de nomear a proximidade de Bolsonaro com horrores como o fascismo, o nazismo e o racismo.  

23/09/2022– 09:57

Um dos símbolos da contracultura que continua cada vez mais popular, o perfume de Patchouli cuja base é o óleo natural de Pogostemon Cablin da Indonésia, tem características incomuns, que despertam a atenção das pessoas com sua fragrância típica amadeirada, penetrante, sensual e afrodisíaca. Enquanto para alguns, seu encanto não é apreciado de imediato, é sem dúvida um perfume agradável, nostálgico e verdadeiramente significativo para inúmeras pessoas, sendo utilizado há milhares de anos. Lembro-me bem desta época mágica quando cheguei em Ponte Nova. Lá pelas bandas da margem esquerda do Rio Piranga, precisamente na Vila Centenário. De alguns amigos da época eu me lembro: Edinho Albergaria (Tiranos), Antônio Inácio Boneca, Wandeir Maciel Miranda, Zé Renato Marques e Jerônimo, o Cabo 10 do Tiro de Guerra. Havia ainda o popular Paulinho Jornaleiro, que morava em uma casa de madeira da Rede Ferroviária Federal. Ele era cabeleireiro e vendedor de perucas. A inconfundível fragrância do Patchouli ganhou fama na década de 70, quando era um dos perfumes mais usados naquela época entre os jovens, principalmente porque rolava um boato que o cheiro dele lembrava o da maconha, fato controverso. Interessante é a quantidade de sensações que o Patchouli provoca nas pessoas, algumas inclusive associando seu perfume ao movimento hippie e ao misticismo. O óleo essencial (puro) de Patchouli é um dos poucos que podem ser aplicados diretamente na pele e muitas pessoas preferem usá-lo no lugar do perfume, o que deve ser feito com moderação. Algumas gotas são suficientes para manter seu aroma durante horas. Na Ásia o Patchouli é muito usado na medicina tradicional e em muitas culturas, sendo recomendado em várias doenças de pele e do couro cabeludo. Tem dois componentes antissépticos, bem como qualidade calmante. Naquela época outro perfume despertava a atenção, mas era muito usado pela camada mais alta da sociedade. Os pobres só usavam se tivessem amigo rico. Mas, o fato é que o Lancaster era conhecido como perfume para “pegar mulher”. Elas se encantavam com o perfume e os rapazes se aproveitavam e ganhavam beijos. Às vezes na boca. Mas, mesmo como conservadorismo, o movimento beatnik fazia efeito por aqui, inclusive com algumas meninas aderindo ao amor livre. Muitas pessoas achavam que eu era comunista e adepto do movimento beatnik, por ter comportamento e aparência pouco convencionais. Além disso, geralmente eu contestava a moral e os valores sociais estabelecidos. Pouco me lixei. Com o tempo, nem usava perfume algum, nem sabonete. Tomava banho de cachoeira e preferia o cheiro natural das mulheres. Ainda prefiro. Qual? Os dois (rssrsrsrs!). Adoro a natureza, principalmente o mato (mais rsrsrsrs!)  

16/09/2022– 09:46

Em 02 (duas) semanas realizei incríveis e surpreendentes pesquisas sobre os 100 anos do Rádio no Brasil. Descobri que Getúlio Vargas estatizou a Rádio Nacional para controlar o que se falava do seu governo. Teve lei que proibia vender aparelhos de rádio. Maneira de diminuir número de pessoas contrárias à ações do então ditador. Mais ainda me surpreendeu: a colocação da Rádio Sociedade Ponte Nova no ar no dia 05 de março de 1946 foi um ato revolucionário: envolvendo Aldair Pinto, Jurandir Maciel Miranda e Wilson Carvalho e Silva. O governo entendeu ser transgressão à lei e confiscou os equipamentos. Os melhores momentos da minha carreira no Rádio aconteceram entre os anos de 1984 e 1988. Neste período pude ajudar a colocar no ar 02 (duas) emissoras: Rádio Visão AM 670 Khz (1986) e Vale do Piranga FM 93,9 MHz. Antes disso, em 1985, concretizei 01 (um) sonho que acalentava desde que entrei (1976) para trabalhar nos meios radiofônicos: colocar no ar a voz feminina, pois achava que o rádio era muito machista (ou é?). Para terminar este material que homenageia os 100 anos do Rádio no Brasil, quero deixar claro que nunca fiz e nem faço nada para agradar a ninguém, muito menos para levar vantagem. Mas, não posso deixar de citar pessoas, que embora não estejam no ar, colaboram com minha pegada para entrar em movimento. Uma delas é a nossa auxiliar de serviços gerais, a Marilda Pinheiro (foto). Embora seja uma simples garota, de origem humilde, faz o seu trabalho com dedicação. Às vezes confunde as coisas, mas deixa o ambiente pronto para trabalhar: nos estúdios, escritórios e redação. Os outros 03 (três) são o repórter Diego Siman e o designer gráfico Fabiano José (Líder Notícias) e Zé da Torre, o homem comanda os equipamentos e transmissores do Grupo Líder.

09/09/2022– 09:35

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