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Ricardo Motta

Para um governo chegado às teses mais obscurantistas e que se choca frequentemente com a ciência (vide a espantosa dose de negacionismo que foi utilizada pelo Palácio do Planalto no combate à pandemia, com os conhecidos resultados desastrosos), não é de se espantar que a instituição científica mais respeitada do país tenha virado alvo da atual gestão. Para se ter uma ideia do nível de sucateamento, o orçamento de 2021, de 85,4 milhões de reais foi o menor da história recente — a cifra representa metade do que era destinado ao instituto em 2013.O valor reservado à observação da Amazônia para 2022 não é suficiente para o ano todo. O estudo e o monitoramento da expansão da agricultura e das cidades, desastres nat-rais e desmatamentos estão entre as principais aplicações derivadas da tecnologia espacial em benefício do meio ambiente. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é reconhecido pela excelência na vigilância por satélites de florestas, realização de previsões numéricas de tempo e clima, além de gerar estudos e dados para subsidiar políticas públicas voltadas à mitigação dos impactos das mudanças ambientais globais. O INPE recebe, processa, distribui e usa dados espaciais para o desenvolvimento sustentável. Principalmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto por satélites é utilizado em áreas importantes e prioritárias ligadas ao levantamento de recursos naturais e ao monitoramento do meio ambiente. Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um salto nos estudos sobre meio ambiente. Onde vamos parar com tanto desprezo pela Ciência?

01/09/2022– 11:06

No início de agosto, em companhia do presidente da AmaCopa, Marcinho de Belim, flagrei uma balsa no Rio Piranga nas proximidades da Fazenda Casa Branca. Pelo que percebi os operadores da balsa estavam praticando uma ação de garimpo ou mesmo fazendo a famosa “pesquisa” para saber se tinha ouro naquele local. Logo após a ponte sobre o Córrego Tim-tim Pororó, na estrada vicinal que passa nas terras da Fazenda do Engenho, de Renato Marinho, encontramos outro crime ambiental. Este último de autoria da secretaria municipal de Desenvolvimento Ruraln(Sedru) que abriu uma clareira na margem direita do Rio Piranga, a menos de 10 metros, em Área de Preservação Permanente (APP), para depositar cascalho para ser usado nas estradas rurais. Além disso, o patrolamento derrubou árvores e aterrou outras. A área afetada pelo Poder Executivo servia para desova de restos de material de construção. No caso do garimpo, ação fere lei municipal que proíbe a prática por ser nociva ao meio ambiente. A norma legal está inserida na Lei Orgânica Municipal (LOM) de 1990: Art. 265 - É proibida qualquer atividade poluente, nos cursos d’água ou em suas margens, inclusive a atividade e prática de garimpo. Art. 266 - A exploração de recursos hídricos e minerais do Município não poderá comprometer os patrimônios natural, cultural e ambiental, sob pena de responsabilidade, na forma da lei. Certo é que cabe ao Poder Executivo notificar a empresa que está praticando a atividade, mesmo que ela tenha licença da ANM (Agência Nacional de Mineração). A balsa deveria ser lacrada pela Polícia Militar do Meio Ambiente para atender aos ditames da lei municipal. Em 2004, o cabo Miguel em minha companhia lacrou e interrompeu o garimpo logo acima do Acabiara Clube. O que está acontecendo com a secretaria do Meio Ambiente (Semam) e com o Codema de Ponte Nova? Eles poderão responder por improbidade administrativa pela omissão.

19/08/2022– 12:15

Foi o que disse Daniel Boorstin, diretor da biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em seu visionário livro “The Image”, de 1962. Há 60 anos, ele relatava a substituição do noticiário por não-fatos, na época as entrevistas coletivas à imprensa. Eram uma forma de fazer com que o interesse público deixasse de ser a espinha dorsal do noticiário. No jornalismo é confronto de ideias e incomodação de quem é entrevistado. Como jornalista de mais de 42 anos de trabalho em redações, nunca me interessei por entrevistas coletivas. Aliás, a rigor em Ponte Nova, raras foram as entrevistas coletivas. Na verdade, o poder público convoca faz um discurso e depois abre para perguntas. “Eu gosto do Flow, do Igor, fui a vários podcasts da casa. É preciso entender a diferença entre esse tipo novo de comunicação, o método jornalístico e o "shownalismo" que se instalou em veículos tradicionais. Jair Bolsonaro não deu uma "entrevista" no Flow. Igor não foi treinado para confrontar uma autoridade nem se propõe a isso. Não se pode comparar esse trabalho a um produto jornalístico porque não é”, diz a colunista do UOL, Madeleine Lackso. O presidente Jair Bolsonaro ficou 05 (cinco) horas desfilando um monte de impropérios e aleivosias, para o delírio da patuleia que o aplaude, seja com ou sem razão. Quem procurar por momentos de lucidez na maratona verborrágica de Jair Bolsonaro no Podscast Flow sairá com muito pouco ou quase nada para apresentar. Mentiras, negacionismo, teorias da conspiração, mais mentiras, homofobia, golpismo, ainda mais mentiras, acusações sem provas, falseamento da história, outra saraivada de mentiras. O senador Flavio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que fazem parte da filhocracia, ora no poder, estão propondo fazer campanha para que Paulo Guedes seja laureado com o Nobel da Economia. Como assim? Isto é delírio só pode ser curado na Casa Verde! Para atacar Lula, Michelle Bolsonaro liga religiões afro-brasileiras a ‘trevas’ A primeira-dama, protagonista da campanha de Bolsonaro nas últimas semanas, usou um vídeo antigo do ex-presidente, publicado em 2021. A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para endossar a alegação de que o ex-presidente Lula (PT) “entregou sua alma para vencer essa eleição”. A mensagem acompanha um vídeo antigo em que o petista se encontra com representantes de religiões afro-brasileiras. A legenda da gravação publicada pela vereadora de São Paulo Sonaira Fernandes (Republicanos) e compartilhada por Michelle diz que “não lutamos contra a carne nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas”. E emenda: “Isso pode né!” É cruel para as mulheres saber que Michelle Bolsonaro, “tão linda, recatada e do lar”, se submeta às sandices e misoginia do seu marido: “Ela fez LIBRAS por que falava muito alto e escuta pouco”. Ou: “Eu já dei um bom dia muito especial para ela hoje. Acredite se quiser”, disse em tom de brincadeira, mas de cunho sexual.

11/08/2022– 16:13

Gustavo Petro, 62 anos, ex-guerrilheiro da M-19 (Movimento 19 de abril) venceu as eleições presidenciais da Colômbia em 19 de junho. Com o feito, o economista se tornou o primeiro candidato de esquerda a ser eleito presidente da República na história do país. Ele toma posse no próximo domingo, dia 07 de agosto. Outra marca quebrada na Colômbia foi a eleição de Francia Márquez. A ativista se tornou a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência da República no país. Gustavo Petro era o líder da oposição no Senado colombiano e também fundador da “Colômbia Humana”, movimento político que reivindica o respeito aos direitos humanos, o cuidado com o meio ambiente, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a industrialização e a modernização agrária, entre outros tópicos de importância social. Formado em economia pela Universidade Externado da Colômbia, ele exerceu o cargo de deputado e vereador de Zipaquirá nos anos 1980. O esquerdista também recebeu o prêmio Letelier-Moffitt Human Rights Award em 2007. Ele também foi prefeito de Bogotá, a capital da Colômbia. Francia Márquez, sua vice é ativista ambiental e dos direitos humanos, a advogada afro-colombiana será a primeira vice-presidente negra. Francia nasceu no Distrito La Toma e liderou um movimento popular contra a exploração mineral na região. O feito a levou ao prêmio Goldman, que é tido como o “Nobel do Meio Ambiente”, em 2018. Formada pela Universidade Santiago de Cali em Direito, a política de 40 anos foi expulsa de sua terra em 2014 após sofrer ameaças por conta da luta contra a mineração ilegal. Sem ter para onde ir, ela viajou a Cuba para ajudar a desenvolver atividades com as delegações do governo e das FARC durante o acordo de paz entre Juan Manuel Santos (presidente colombiano) e os guerrilheiros. Observação: minha bandeira tem as cores verde, amarela e azul. A cor vermelha também entra na composição, pois é a cor do sangue que fornece a vida.

04/08/2022– 16:07

Em 24 de setembro de 2012, o registro de óbito de Vladimir Herzog foi retificado, passando a constar que a "morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército-SP (Doi-Codi)", conforme havia sido solicitado pela Comissão Nacional da Verdade. O jornalista Vladimir Herzog, Vlado, como era conhecido, foi assassinado pela Ditadura Militar no Brasil (1964 a 1985) no dia 25 de outubro de 1975. Em 1964, há menos de 02 (dois) meses do golpe contra o governo de João Goulart, o repórter se casou com a estudante de ciências sociais Clarice Chaves. Juntos, se mudaram para Londres, onde Herzog passou a trabalhar no Serviço Brasileiro da BBC.Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, a família retornou ao Brasil e o jornalista começou a trabalhar na revista Visão, onde atuou por 05 (cinco anos). Além disso, nessa mesma época ele passou a dar aulas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Já no ano de 1975, Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir a TV Cultura. Nesse período, segundo o Instituto Vladimir Herzog "sua postura política e seu compromisso com uma prática jornalística voltada para a divulgação das notícias do Brasil real produziram reações e denúncias por parte de acólitos [apoiadores] da ditadura". Em outubro do mesmo ano, Herzog foi chamado para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Esse foi mais um movimento entre as dezenas de detenções determinadas pela Operação Jacarta, conduzida pelo Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão subordinado ao Exército, para eliminar as bases do partido na imprensa, nos sindicatos e em outras entidades. Logo que entrou no quartel do exército, foi encapuzado, amarrado a uma cadeira, sufocado com amoníaco e submetido a espancamento e choques elétricos, seguindo a rotina aplicada a centenas de outros presos políticos. Após as torturas, o jornalista foi morto no dia 25 de outubro de 1975. A versão oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Herzog teria se enforcado com um cinto. Minha versão dos fatos: quando entrei para o jornalismo em 1977, no Rio de Janeiro, sendo redator do “Grande Jornal Fluminense” que era apresentado na extinta Rádio Guanabara, e depois editor de Cultura de “O Fluminense”, comecei a notar as sombrias garras dos apoiadores da Ditadura Militar, que volta e meia circulavam na redação, ou mesmo policiais fardados buscando explicações sobre determinada matéria. Resisti! Em Ponte Nova, anos depois enfrentei a censura quando escrevia artigos para “O Muncípio” e “Ex-Atos (suplemento literário da Tribuna da Mata)”. O nome era para ironizar os atos do regime militar, principalmente o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5. Na Rádio Ponte Nova eu apresentava o programa “Canal Livre de Participação -Servindo ao Povo”, que atazanava os amantes da Direita e da velha UDN, braço político que sustentava o regime de exceção comandado pelo Exército. Muitos anos depois, aqui estou na editoria do Líder Notícias e continuo escrevendo, também, para aqueles que amam os que querem derrubar a democracia e apoiam aqueles que são contra preto, pobre, mulheres, indígenas e LGBTQUIA+. “Você não merece ser estuprada, por ser muito feia”, alguém se lembra? Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro acatou uma determinação judicial e emitiu um pedido de desculpas à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), por ter dito na Câmara, em 2003, que não estupraria a parlamentar porque ela não merecia por ser "muito feia". Pagou multa de R$ 10 mil. Se não fosse a imprensa você saberia disso? Por isso, tenho orgulho em comemorar 500 edições e 10 anos de circulação do Líder Notícias, com jornalismo independente e imparcial!

29/07/2022– 14:25

Em reunião realizada na segunda-feira passada, 18/07, com embaixadores estrangeiros para sugerir a possibilidade de fraude nas eleições brasileiras deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de apuração. Para defender o voto impresso a todo custo, o presidente se ateve a espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Mesmo sem apresentar provas, Bolsonaro questiona sistematicamente a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas. No dia 09 de março de 2020, o presidente afirmou pela primeira vez, durante um pronunciamento em Miami nos Estados Unidos, que as eleições presidenciais brasileiras de 2018 teriam sido fraudadas, com suposta adulteração do resultado do primeiro turno. Após se tornar alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por fazer ameaças à realização das eleições, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos ataques às Cortes. Bolsonaro chegou a falar que as eleições de 2022 não seriam realizadas caso o voto impresso não fosse aprovado no Congresso Nacional, o que foi interpretado por muitos como uma ameaça de golpe. A única surpresa na reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores de outros países foi o tom manso ao repetir ataques a ministros do STF e do TSE e às urnas eletrônicas. Só ele falou, mas o canal UOL News ouviu embaixadores que d disseram ter visto o encontro como um ato de campanha; alguns chamaram de "tática trumpista" O presidente do TSE, Edson Fachin, rebateu o discurso de Bolsonaro: "inaceitável negacionismo eleitoral". Em entrevista ao UOL News, o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero disse que o evento poderia servir para preparar o cenário para contestar o resultado da eleição de outubro. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocados em dúvida. O senador rebateu os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. “As urnas eletrônicas darão resultado fiel da vontade do povo”, disse Pacheco.

21/07/2022– 15:00

Faltam menos de 03 (três) meses para a eleição para Presidente da República, em um cenário que promete ser um dos mais polarizados da história. Artistas e pessoas públicas já declararam voto publicamente. Nesta segunda-feira, dia 11 de julho, foi a vez da cantora Anitta declarar apoio ao ex-presidente Lula nas redes sociais. “Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na internet, Tik Tok, Twitter, Instagram é só me pedir que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei”, disse Anitta. O cantor sertanejo da dupla com Ralf disse que deve votar novamente em Bolsonaro, Chrystian apesar de evitar declarar apoio publicamente disse: "Ele é muito patriota, eu gosto muito. Eu tenho dúvidas com relação à honestidade dos outros candidatos, e até agora eu não tenho dúvida nenhuma da honestidade do Bolsonaro". Mas qual o peso do apoio destas personalidades nas eleições? A BBC News Brasil ouviu cientistas políticos para entender se eles podem fazer a diferença nas urnas. Os entrevistados afirmam que, sozinhos, esses apoiadores não são capazes de mudar o resultado. Mas são figuras com milhões de seguidores nas redes sociais e, por isso, são relevantes para a construção do eleitorado. Somando Instagram (62,9 milhões), TikTok (20,3 milhões) e Twitter (17,6 milhões), Anitta tem mais de 100 milhões de seguidores. Nas mesmas redes sociais, Gusttavo Lima soma mais de 75 milhões — 43,7 milhões apenas no Instagram. Claro que muitos dos seguidores se repetem entre estas redes: ainda assim, isso dá uma medida do grau de influência que personalidades assim têm. Professor de Ciência Política na ESPM, Paulo Ramirez diz que a relevância desses famosos cresceu de maneira significativa junto com o papel cada vez mais decisivo da internet nos últimos anos, demonstrado nas últimas eleições em diversos países.

14/07/2022– 15:37

Responsável por acompanhar a execução orçamentária do governo, o TCU (Tribunal de Contas da União) acabou com o boicote de Jair Bolsonaro à Rede Globo, xingada por ele de “Globo Lixo”.O órgão emitiu determinação para que o Ministério das Comunicações distribuísse as verbas publicitárias do governo de acordo com a proporcionalidade de audiência nacional. Apesar das constantes críticas a TV Globo, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou em 75% os gastos em publicidade na emissora em 2022, ano em que o presidente tenta a reeleição. Os dados são da Secretaria de Comunicação e foram divulgados pelo portal de notícias UOL/Folha. Entre 1º de janeiro de 21 de julho de 2021, o governo de Bolsonaro pagou R$ 6,5 milhões para a Globo divulgar publicidades ligadas ao Planalto – tanto em âmbito nacional quanto regional. No mesmo período de 2022, o valor subiu para R$ 11,4 milhões. Segundo o levantamento realizado pelo UOL/Folha, o foco da publicidade do governo são as campanhas institucionais, que mostram os feitos da gestão de Jair Bolsonaro. Esse seriam um meio de tentar alavancar a popularidade do presidente da República. Com o dedinho do genro de Sílvio Santos, Fábio Faria, o ministro das Comunicações, casado com Patrícia Abravanel, o governo se rendeu ao óbvio: tem que mostrar o que fez na maior emissora do País, a que tem mais audiência. É uma questão lógica! Aí, o gado endoidou! Não pode mais chamar a Vênus Platinada de Globo Lixo. Já estão ensaiando uma nova frase para agradar ao chefe: GLOBO LUXO!  

08/07/2022– 10:48

Ricardo Motta Os casos da menina de Santa Catarina e da atriz Klaro Castanho serviram para atiçar a sanha dos conservadores e retrógrados que defendem que o feto “é vida” e deve ser preservado na barriga, mesmo quando as pobres crianças são estupradas e violentadas! Bom que se diga que o caso daquela menina do Espírito Santo está vivo na memória, mesmo com a interferência direta da ministra Damares Alves”, que viu Jesus Cristo subir no pai da goiabeira. Mais: o nome da garota teve quer mudado depois que a Sara Winter revelou sua identidade. Ah! a Sara Winter (Geromini) era defensora do acampamento dos 300 em Brasília. Mas, foi abandonada por Jair Bolsonaro e hoje detesta o chefão da corrupção deslavada no MEC! A atitude da atriz Klara Castanho foi um ato de dignidade, mas recebeu em troca vários atos e golpes de crueldade. Se a nossa sociedade fosse orientada pela moral, os '”cancelados” seriam os profissionais envolvidos no vazamento e divulgação dos dados da jovem e da criança. A enfermeira que vazou o caso deve ser demitida por justa causa! E a Juíza de Santa Catarina, Joana Ribeiro, autora da decisão que impediu a interrupção da gravidez (que já havia sido autorizado por juiz) impediu de 11 anos, vítima de estupro, não vai participar de audiência pública em Mato Grosso para tratar do aborto autorizado por lei em Brasília. Coisa que ela não sabe e deveria estudar melhor! À menina catarinense, o aborto legal foi negado sob alegação de ter ultrapassado o prazo gestacional que define um aborto: entre 20 a 22 semanas de gestação (a gestação da garota havia passado disso) ou quando o feto tem até 500 gramas. Mas, essa é uma recomendação técnica do Ministério da Saúde, de 2012, e não é prevista em lei. Ela tinha direito ao aborto e o fez. A juíza vai passar para a história como uma ignorante jurídica! EDIÇÃO 500 DO LÍDER NOTÍCIAS Caros leitores, o Grupo Líder Comunicação, Mídia e Eventos comemora neste mês de julho, no dia 29/07, a 500ª edição do Líder Notícias e 10 anos de permanência no imaginário da região do Vale do Rio Piranga. Saímos de circulação em papel para combater o coronavírus, assim como todos os jornais do Brasil que pararam de circular no interior. A partir desta edição, a coluna “UM DIA NA HISTÓRIA” vai circular na página 10, que não terá mais os articulistas Mauro Serra, Lar Repolêz, Vivyane Totino Motta e Dalessandra Delvaux, que preparam artigos para a Edição Especial de 29 de julho. Entretanto você pode ler os artigos no site do Líder Notícias www.ldernoticias.net.br. A partir de agosto, o ritmo retorna ao normal.  

01/07/2022– 10:00

O estado de Minas Gerais possui 853 municípios e apenas 15 cidades implantaram escolas cívico-militares. Isto mostra que o modelo orientado ideologicamente pelo atual presidente do Brasil está fadado ao fracasso. Em todo o Brasil apenas 127 cidades aderiram ao modelo que fere os princípios da livre educação. O País tem 5.568 municípios. Por aí, o leitor deve entender o que escrevo neste pedaço. No dia 10 de junho, 04 (quatro) dias antes da reunião na Escola Reinaldo Alves Costa que fomenta a implantação em Ponte Nova, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a implementação do PECIM (Programa Nacional de Escolas Cívico-militares na Escola Estadual Noêmia Bueno do Valle, em São José do Rio Preto, cidade que possui mais de 465 mil habitantes. O juiz José Eduardo Cordeiro Rocha acolheu a Ação Civil Pública protocolada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores Oficial do Estado de São Paulo). De acordo com o magistrado, há “risco de desvirtuamento das diretrizes básicas da educação, como previstas em nossa Constituição Federal”. “O caráter nitidamente ideológico da estruturação das escolas cívico-militares, amparado em hierarquia e disciplina comportamentais rígidas, típicas da organização militar, conflita com os princípios constitucionais que regem o ensino (artigo 206 da CF), lastreado na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, com respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, além da necessidade de observância da gestão democrática do ensino público“, asseverou o juiz. Em Minas Gerais, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia (CECT) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou parecer de 1º turno pela rejeição do Projeto de Lei (PL 94/19) que autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Cívico-militar no Estado. O projeto violaria o direito de acesso igualitário à educação pública, na medida que “autoriza o Estado a instituir de forma subjetiva e aleatória as escolas públicas da rede estadual que implementarão o sistema cívico militar”, ressaltou a deputada Beatriz Cerqueira (PT),presidente da CECT Nas escolas cívico-militares o conceito de disciplina usado pelos militares é deturpado e tende a ser reproduzido para cumprir ordens, mas não é absorvido pelo aluno ou inserido no seu dia a dia, analisa a cientista política Ana Penido, que é categórica: "não é essa escola que vai salvar esses meninos do mundo". Os colégios de aplicação (veja o COLUNI de Viçosa) e os institutos federais, com ensino técnico paralelo ao Ensino Médio, são os donos dos melhores resultados do país dentre as escolas públicas, desempenho superior, inclusive, ao dos colégios militares.

24/06/2022– 11:53

Ricardo Motta Boa tarde, senhores vereadores, É preciso constar na lei os locais onde serão proibidas as construções, conforme já foi decidido em 2016 pelo Codema e até pelo GT (Grupo de Trabalho) que construiu a minuta original e depois retirou as restrições. Art. x - a) Ficam proibidas construções nos seguintes logradouros: Rua Desembargador Paula Motta e sua sequência na Rua Pedro Nunes Pinheiro, margem direita do Ribeirão Vau-Açu (Vila Oliveira; b) Rua Santa Terezinha, margem esquerda do Rio Piranga (Vila Alvarenga); c) Rua Norival José de Brito (Reta do Pontal) margem esquerda do Rio Piranga (Distrito Rosário do Pontal). Art. y: a) Todas as construções nas margens dos córregos ou córregos canalizados não poderão ser impermeabilizados no 1º andar, com opção para grama, brita ou pisograma. Pode servir de garagem; b) Moradia só a partir do 2º andar. Quanto às distâncias só uma alteração em relação ao Rio Piranga: entre a antiga Estação de Ferro de Palmeiras e a Cerâmica, a distância pode ser de 05 (cinco) metros. Nas ruas Assad Zaidan e Carangola não existem históricos de enchentes e os lotes vagos são de no máximo 18 metros. Se for 15 metros a distância, os proprietários terão pouco mais de 03 (três) metros e em alguns casos 05 (cinco) metros para construir. As enchentes na região pendem para o Triângulo. Votar do jeito que está neste pormenor é tirar o direito de mais de 16 proprietários de construir nos lotes vagos. Outro tema já defendido pelo Codema: os 05 (cinco) metros ou 15 metros deverão ser cercados por mourões de eucalipto imunizado e telado para evitar impactos de água em muros comumente construídos nestes casos. Os 15 metros ou 05 (cinco) metros ou 04 (quatro) metros (quando canalizados) serão arborizados: podendo optar por 50% de frutíferas e as outras espécies de árvores apropriadas para mata ciliar. Abraços amigos vereadores e assessores parlamentares, Saudações Verdes! Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

20/06/2022– 17:27

Greta Thunberg nasceu em Estocolmo na Suécia em 03 de janeiro de 2003. É uma ativista ambiental, conhecida por ter protestado fora do prédio do parlamento sueco (2018) e por ser a líder do movimento ”Greve das Escolas pelo Clima”. Sua repentina ascensão à fama mundial a tornou uma ativista líder, apesar dos criticismos crescentes. Sua influência no cenário mundial foi descrita pelo jornal inglês The Guardian e outros jornais como o “Efeito Greta”. Foi capa da famosa revista americana Time, como a personagem do ano em 2019. Greta Thunberg foi diagnosticada com sindrome de Asperger, TDAH, transtorno obsessivo-compulsivo e mutismo seletivo. Embora reconheça algumas dificuldades por causa de seu diagnóstico, Greta Thunberg diz que dependendo das circunstâncias, “ser diferente é um superpoder”.Thunberg é vegetariana e ativista pelo direito dos animais. É filha de uma cantora de ópera e música pop e seu pai é o ator Svante Thunberg. Nunca foi financiada pelo milionário americano George Soros e nem é sua neta. Isto é papo de gente da direita. É fake news! Vanessa Nakate nasceu em 15 de novembro de 1996. É uma ativista ambiental ugandense. Inspirada por Greta Thunberg a iniciar seu próprio movimento climático em Uganda, ela iniciou um ataque solitário contra a abstenção de posicionamento acerca da crise climática em janeiro de 2019. Por vários meses, ela foi a única manifestante fora dos portões do Parlamento da Uganda. Gradualmente, outros jovens começaram a responder aos seus pedidos nas redes sociais para que outros ajudassem a chamar a atenção para a situação das florestas tropicais no Congo. Em dezembro de 2019, ela foi uma das poucas ativistas jovens a discursar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019, na Espanha. Em janeiro de 2020, a Associated Press cortou Nakate de uma foto em que aparecia com outras ativistas, incluindo Thunberg. Ela era a única negra. O ato foi considerado racista. Na COP 26, em Glasgow ela vira estrela, em muitas das vezes, ofuscando Greta Tunberg. Se não bastasse, ela acaba de lançar um livro, “A Bigger Picture” (uma visão mais ampla), elogiado pela paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014. É uma exposição impressionante para uma garota que era tão tímida que não se atrevia a falar na sala de aula e tremia só de pensar em se envolver em protestos político. Depois de andar no encalço das “Mulheres que Correm com os Lobos”, desta vez eu quero homenagear as meninas-mulheres que correm atrás dos direitos dos animais, brigam com poderosos e cobram ações para que o clima não afete o mundo, podendo matar milhares de plantas, bichos e atingindo o ser humano de forma inexorável, até sua completa extinção! Enquanto isso: Joaquim Álvaro Pereira Leite, ministro do Meio Ambiente do Brasil, ganhou o prêmio “Fóssil do Dia” por seu discurso que aterrorizou ambientalistas: “onde há muita floresta há muita pobreza”. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

22/11/2021– 17:05

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