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Dia Mundial da Água: 22 de março na imaginação de Roberta Brangioni Fontes

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“E ao longo do rio surgiram povos de todo jeito e toda cor. Gente que pescava, que plantava, que construía, que fazia arte. E essa gente foi fazendo casas, roças, comunidades, cidades e todo tipo de coisa que se possa imaginar. O rio e a terra seguiam felizes com suas criações. O coração da terra sonhava lindas histórias para suas criaturas, e os sussurros das águas revelavam esses sonhos para todos os seres, que, assim VIVIAM EM PAZ!
Até que um dia, um homem parou de escutar o próprio coração. E aproximou-se do rio com uma ideia má: ele queria ter mais poder do que a terra e as águas. Então, pegou um pouco de água do próprio rio, misturou com alguns pigmentos e, enquanto mexia, acrescentou palavras e pensamentos gananciosos.
Pronto! Assim o homem produziu uma tinta com um terrível feitiço: o poder de escrever histórias que se transformavam em realidade e que eram capazes de modificar a vida criada pelos que sentiam o coração da terra e escutavam os sussurros das águas”.
Estas palavras, acima, em fonte gráfica Comic Sans MS são da antropóloga e escritora ponte-novense Roberta Brangioni Fontes, que tem seu e-book disponibilizado na Biblioteca Virtual da ONU (Organização as Nações Unidas). Roberta Brangioni Fontes, filha de Eduardo Mengão, da Flanova, escreveu o livro “Um Canto para o Rio”, com lustrações de Taisa Borges, para contar a história da tragédia provocada pelo rompimento da Barragem de Fundação em 05 de novembro de 2015.
Na Semana da Água, exatamente no Dia Mundial de Água, 22 de março 2023, estive no Passa-Cinco, exatamente no CEA (Centro de Educação Ambiental) quando matei saudades, mas sai triste pelo abandono do local: entrada com lama provocada por uma nascente que poderia ser canalizada e passar por baixo da estrada; uma cratera, também na entrada, cheia de entulhos da construção civil; guaritas destruídas, casas da área de lazer em pedaços e confirmado o deficit de 40 mil árvores e a lagoa com água já dando sinais da estiagem, que nem começou.

Roberta Brangioni Fontes
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