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Na era Bolsonaro, Inpe chega ao maior estágio de penúria de sua história

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Para um governo chegado às teses mais obscurantistas e que se choca frequentemente com a ciência (vide a espantosa dose de negacionismo que foi utilizada pelo Palácio do Planalto no combate à pandemia, com os conhecidos resultados desastrosos), não é de se espantar que a instituição científica mais respeitada do país tenha virado alvo da atual gestão.

Para se ter uma ideia do nível de sucateamento, o orçamento de 2021, de 85,4 milhões de reais foi o menor da história recente — a cifra representa metade do que era destinado ao instituto em 2013.O valor reservado à observação da Amazônia para 2022 não é suficiente para o ano todo.

O estudo e o monitoramento da expansão da agricultura e das cidades, desastres nat-rais e desmatamentos estão entre as principais aplicações derivadas da tecnologia espacial em benefício do meio ambiente. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é reconhecido pela excelência na vigilância por satélites de florestas, realização de previsões numéricas de tempo e clima, além de gerar estudos e dados para subsidiar políticas públicas voltadas à mitigação dos impactos das mudanças ambientais globais.

O INPE recebe, processa, distribui e usa dados espaciais para o desenvolvimento sustentável. Principalmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto por satélites é utilizado em áreas importantes e prioritárias ligadas ao levantamento de recursos naturais e ao monitoramento do meio ambiente.

Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um salto nos estudos sobre meio ambiente.
Onde vamos parar com tanto desprezo pela Ciência?

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