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Atrocidade contra árvores em Belo Horizonte e o bem-sucedido projeto de arborização, em Ponte Nova

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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que tem a escola de Veterinária vizinha do Mineirão, afirma que não indicou especialista para avaliar a instalação de barreiras acústicas próximas ao campus. A medida é uma das sugeridas pela organização da Stock Car Brasil para mitigar os impactos provocados pela corrida, que vai acontecer em agosto deste ano, em volta do Mineirão, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Para que pudesse existir a corrida, a secretaria municipal de Meio Ambiente (SMMA), órgão da prefeitura de BH, irresponsavelmente, autorizou o corte de 63 árvores nativas do Bioma Mata Atlântica (cedro brasileiro, pau-ferro, ipês amarelo, rosa e rosa-de-cacho, sibipiruna, orelha-de-macaco e sangue-de-dragão). O que aconteceu é um crime ambiental, com precedentes terríveis. Trocar o verde por poluição sonora e dióxido de carbono? Isto é o inverso da racionalidade e deixou os ambientalistas da capital mineira de cabelos em pé e indignados!

Em 2.008, o Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente), que era presidido por mim, aprovou a 1ª Deliberação Normativa de Ponte Nova, na questão ambiental (DN 001/2008 – Codema Ponte Nova). O texto/parecer, aprovado em plenária, era da jovem advogada Dra. Iracema Padovani, filha de Alfredo Padovani e Lúcia Padovani. Só era permitido o corte de árvores, mesmo com amparo técnico, entre os meses de abril e agosto de cada ano. Entretanto, foram cortadas 08 (oito) árvores da espécie espatódea (Sphatodea campulata, bignoniacea), planta de origem africana introduzida no Brasil como árvore ornamental, mas tóxica para abelhas. Estavam podres e caindo na margem esquerda do Rio Piranga, em frente ao prédio da Rodoviária Velha, no Centro Histórico. Muitas críticas.

Segurei o tranco e prometi um projeto de arborização para aquela rua, a José Felipe de Freitas Castro. Em 2013, exatamente no dia 29 de outubro, plantei 25 oitizeiros (oitis). Ajudaram a plantar o Prefeito Guto Malta (PT), a Secretária de Meio Ambiente, Alessandra Regina Gomes, o ambientalista Marcelo Viana e servidores da Semam. Até 2020, as árvores foram podadas e cuidadas por mim, com apoio de Reinaldo Fabri, Ana Flávia e Tânia (Restaurante Rodoviária Velha) e Edson e José Maurício (Casa do Fazendeiro), que aguavam os oitis. As mudas foram plantadas com área de infiltração de 50 centímetros de diâmetro. Não levantam a calçada. Estão dando frutos. Projeto de sucesso! Cortar árvores é atraso mental!

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