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“Não sei se você é boa. Desiste”

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Convidada do "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa/UOL, com Tati Bernardi, a
apresentadora Ana Paula Padrão fala de sua relação com o francês Érick Jacquin nos bastidores
do "MasterChef Brasil", programa da Band. Ela contou também sua história em busca de espaço da televisão brasileira: verdadeiro “ninho de machistas”
Brasiliense, filha de pai e mãe mineiros, que se conheceram em Brasília. Fausto, seu pai, é de
Sete Lagoas, mas morou a vida toda em Belo Horizonte. Chegou à nova capital em 1959 para
dirigir o departamento jurídico da Rádio Nacional. Sua mãe, aos 17 anos, era radialista em
Araguari.

A mãe de Ana Paula Padrão ouvia as transmissões da Rádio Nacional, quando em 1960,
resolveu que lá trabalharia. Embarcou para Brasília, conseguiu o emprego, conheceu o pai de Ana
Paula. Casaram-se, e ela parou de trabalhar. Padrão nasceu 05 (cinco) anos mais tarde, no dia 25
de novembro de 1965. Primogênita, possui dois irmãos: Fausto Júnior chegou em 1970, e o
caçula, Luiz Antônio, em 1975.

Antes de brilhar como apresentadora no Masterchef Brasil, reality show de culinária, ela se
arriscou em zonas de conflito como correspondente de guerra, além de ter sido editora-executiva
e apresentadora de jornais nacionais em diversos canais da televisão brasileira. No videocast, ela
disse: “De maneira geral, as mídias sempre foram lugares onde os homens mandaram e as
piadas eram as piadas que eles faziam, muito machistas. Isso melhorou de maneira geral porque
a sociedade patrulha isso".

A apresentadora Ana Paula Padrão fala dos comentários desanimadores que ouviu no início da
carreira. "Fui lá (na Band) levar uma fita, que eram as matérias que eu fazia. Uma semana depois,
fui lá buscar e a pessoa que me atendeu falou: “Não sei se você é boa. Desiste”. Acho que ela
errou, mas não me fez nenhum mal", disse Ana Paula Padrão.
Vou discordar ligeiramente de Ana Paula Padrão: as mídias continuam sendo machistas, as
piadas de mau gosto sempre recaem sobre as mulheres. Elas, precisam buscar espaço com
competência, inteligência e sagacidade, mas precisam também dar cotoveladas e chutes nas
canelas dos homens.

Entrei para o rádio em 1973 e trabalhei, a partir de 1.975, com mulher, que entrou após realizar
concurso na Rádio Ponte Nova, exatamente no mesmo ano que conquistei a vaga. Antes eu era
comentarista de futebol. Somente, 09 (nove) anos depois é que realizamos concurso, com reserva
de 02 (duas) vagas mulheres (Gina Costa e Priscila Aguiar. Vejam vocês: tanto tempo para que a
mulher chegasse aos microfones em Ponte Nova.

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