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Plantar árvore é colher água limpar para o Rio Piranga

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Eu plantei milhares de árvores ao longo da minha vida, salvei várias que seriam cortadas porque levantavam passeios; semeei sementes que voam, como as dos ipês e aguei mudas de ararutas na horta do Passa-Cinco. Quando comecei a luta em defesa do meio ambiente, não raro, ouvia piadinhas como: “isto é coisa de viado”; “esse cara é contra o progresso”; “um idiota a mais para defender o que não precisa ser defendido”.

Mais, tarde, a guerra foi mais dura: afastar as hidrelétricas do Rio Piranga no município de Ponte Nova. Conseguimos com legislação própria em 2008 ainda alcançamos vitórias em outros municípios, pois os empreendedores queriam construir várias e como não podiam construir em Ponte Nova desistiram das outras, em municípios vizinhos. Neste mês de setembro (10/09 e 15/09) esta leis fazem aniversário.

Mas, volta e meia me sento temeroso, principalmente com a decisão do STF derrubando, recentemente, a legislação em Mato Grosso, que proibia a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá. A legislação de Ponte Nova é diferente, pois permite a construção desde que não seja geração de energia com o barramento do Rio Piranga. Em 2009, o presidente Lula entrou com ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), alegando que é de competência da União legislar sobre águas territoriais, mas a PGR (Procuradoria Geral da República/Roberto Gurgel) julgou que as leis de Ponte Nova são constitucionais, ainda em 28 de março de 2013.

O pior é que o relator da matéria do Mato Grosso foi o ministro do STF, Gilmar Mendes, o mesmo que é o relator das leis de Ponte Nova.
Termino usando uma velha e surrada frase que criei em 2001: “Somos loucos, mas não somos tão poucos. Somos loucos pelo meio ambiente!”.

 

Plantando uma muda da espécie jacarandá-mimoso em dezembro de 2014, na praça principal do município de Mutum, em Minas Gerais

 

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