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7 de setembro: Independência do Brasil teve dedo e alma de mulher!

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Quadro pintado a óleo por Pedro Américo (cópia do original em preto e branco)

A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, a quase 200 anos, quando D. Pedro, que depois se tornou Imperador D. Pedro I, proclamou o Grito da Independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente, com ajuda de uma mulher: Imperatriz Maria Leopoldina.

A independência foi o resultado de um processo de desgaste nas relações entre os colonos brasileiros, sobretudo da elite, com Portugal. Isso teve relação direta com a Revolução Liberal do Porto de 1820, mas podemos considerar que tudo começou com a transferência da Família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, com D. João VI.

Após se instalar no Rio de Janeiro foi iniciado o que ficou conhecido como Período Joanino, fazendo referência a D. João VI, regente da Coroa Portuguesa que se estabeleceu no Brasil após a fuga de Portugal. D. João VI realizou uma série de medidas que contribuiu para a modernização do Brasil, promovendo o desenvolvimento econômico e o florescimento cultural e artístico, onde o Brasil deixou de ser uma colônia e tornou-se parte do reino português.

Essa situação, no entanto, desagradava a muitos em Portugal. Assim, em 1820, estourou a citada Revolução Liberal do Porto propondo reformas no país, que incluíam o retorno do rei para Lisboa. O ponto de partida para o processo de independência do Brasil foi, portanto, a intenção da corte portuguesa de revogar todas as medidas para o progresso do Brasil tomadas durante o Período Joanino.

Maria Leopoldina com o Conselho de Ministros em 02 de setembro de 1822

Processo de independência do Brasil: ação da Imperatriz Maria Leopoldina

Com a possibilidade de recolonização do Brasil o processo de independência iniciou-se. A elite econômica do país – nesse caso, a elite do Sudeste – não aceitava essa possibilidade porque afetaria seus interesses econômicos. As negociações estenderam-se durante 1820 e 1821, mas, a partir de 1822, o sentimento separatista começou a ganhar força.

Pedro, que ainda era Príncipe Regente, entregou o poder a Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar rebeliões em São Paulo.

A princesa recebeu notícias que Portugal estava preparando ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar o retorno de Pedro, Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio de Andrade e Silva, e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 02 de setembro de 1822, com o Conselho de Estado, redige carta a d. Pedro I.

Enviada a d. Pedro I junto com outra carta, de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de D. João VI. Em sua carta, Leopoldina sugere a Pedro proclamar a Independência do Brasil, com a advertência: “O pomo está maduro, colheio já, senão apodrece”.

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