VIÇOSA
Para garantir que produtos como carne, leite e derivados cheguem ao supermercado com a qualidade que o consumidor precisa, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em conjunto com a Universidade Laval, no Canadá, desenvolveram um teste capaz de detectar espécies de bactéria nos produtos.
Conforme a instituição, o teste está em processo de registro de patente e poderá ser usado também em controle de contaminações em hospitais e de infecções em indivíduos imunossuprimidos, que são pessoas que passaram por transplantes ou que tenham o vírus da AIDS. Conforme divulgado pela UFV, a técnica consiste em pingar uma gota da substância desenvolvida nas superfícies ou em soluções com suspeita de contaminação.
Esta solução foi desenvolvida com uso de uma proteína de um vírus que infecta, especificamente, bactérias do gênero Pseudômonas. Se estas estiverem presentes, uma espécie de grumo preto se forma na superfície em menos de 01 minuto.
A professora do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da UFV, Monique Eller, é uma das responsáveis pela invenção do teste de detecção. Ela explicou que, na fase de processamento de laticínios e carnes, a espécie da bactéria Pseudômonas fluorescens se desenvolve mesmo sob refrigeração, com produção de enzimas que conseguem se manter ativas depois dos processos de pasteurização e esterilização.
No leite, por exemplo, se a contaminação aconteceu antes do tratamento térmico, as enzimas que não foram inativadas continuam agindo dentro da caixa, provocando algo semelhante a uma nata no fundo da embalagem, processo conhecido como gelificação. O desenvolvimento destas bactérias em produtos lácteos também gera manchas coloridas nos produtos e afeta o rendimento na produção dos derivados lácteos, causando prejuízos.
Surto de COVID-19 no Hospital São João Batista, em Viçosa
O Hospital São João Batista (HSJB), em Viçosa, suspendeu as internações de pacientes no CTI geral, após a confirmação de um surto de COVID-19 na unidade. As informações foram confirmadas na tarde de segunda-feira passada, 1º de novembro. De acordo com a direção do hospital, 04 pacientes estão contaminados, além de 01 (um) técnico de enfermagem e 01 (um) enfermeiro.
Na última semana de outubro, 01 (um) paciente do CTI testou positivo para COVID-19 e, diante disso, o HSJB realizou o rastreio em todas as pessoas que tiveram contato com o caso contaminado. O primeiro resultado, feito em 26 funcionários e 07 (sete) pacientes deu resultado negativo.
Dois pacientes foram transferidos do CTI geral para o CTI Covid, exclusivo para tratamento da doença. Outra paciente foi levada para ocupar um dos leitos clínicos da ala exclusiva para COVID-19. O HSJB determinou a suspensão da visitação e de novas internações até a realização de novo rastreio. Todos os profissionais de plantão passarão por testagem.