Na quarta-feira, 21de maio, o Gaeco Zona da Mata (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organiza do), órgão do Ministério Público, regional de Visconde do Rio Branco, e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram a Operação Apate: esta é uma palavra de origem grega, que pode ser usada para descrever o ato de enganar, fraudar ou trapacear.
A sede do Grupo CSC em Viçosa e endereços de seus diretores foram os principais alvos dos cumprimentos dos mandados de busca e apreensão no dia 21 de maio de 2025. Esta operação investiga a atuação coordenada de empresas em licitações públicas de transporte coletivo em Betim, Belo Horizonte, Divinópolis, Governador Valadares, Contagem, Poços de Caldas e Juiz de Fora.
Segundo o Ministério Público, a operação visa apurar indícios de formação de cartel e fraudes em processos licita tórios realizados em diversos municípios mineiros. A diligência tem como ponto de par tida um relatório do Ministério Público de Contas que apontou possíveis irregularidades em licitações. Além de Viçosa, os mandados foram cumpridos nas cidades mineiras Juiz de Fora, Belo Horizonte, Ervália, Paracatu e Três Rios, município do estado do Rio de Janeiro.
Participaram da ação cerca de 35 profissionais do Cade, 15 agentes do Gaeco Zona da Mata, além de promotores, policiais civis e militares, e servidores do Ministério Público. Após a análise das provas apreendidas, a Superintendência-Geral do Cade emitirá parecer técnico. O tribunal do Cade poderá arquivar o processo ou aplicar sanções aos envolvidos, caso seja confirmada infração à ordem econômica. As multas às empresas podem variar de 0,1% a 20% do faturamento bruto no ramo afetado, enquanto pessoas físicas podem ser multadas entre R$ 50 mil e R$ 2 bilhões. A investigação corre sob segredo de Justiça