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Mulherada na música muda a cara da cultura machista

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Elas dão facada, pedrada, voadora no peito e enfiam o canivete no pneu. Uma nova leva de músicas com nomes de mulheres chegou à música brasileira com sucesso e violência. Rita, Letícia, Virgínia”, Renatinha, Larissa são destemidas e não superaram as dores de suas precursoras. Mas, há que se lembrar que 03 (três) mulheres-hit antigas eram decididas: Gabriela (Dorival Caymmi), Tieta (Luiz Caldas) e Bete Balanço (Cazuza e Frejat). E ainda tem a Rita, de Chico Buarque “que deixou mudo o violão”.

Essa onda de mulheres-hit que são impiedosas relembra exemplos de grupos anteriores. Quase todas são escritas por homens. Portanto, refletem o olhar masculino sobre as mulheres de suas épocas, com opressão, subversão, fascínio e medo. Quem não se lembra de Geni, Januária, Carolina e Mulheres de Atenas de Chico Buarque? Em 2021, só até janeiro, oito delas já desfilaram no ranking: Letícia (Zé Vaqueiro), Rita (Tierry), Oh Juliana (Niack), Larissa (Pedro Sampaio), Marília Mendonça (Bin), Virgínia (Zé Felipe), Bruninha (Kevinho) e Renatinha (Barões da Pisadinha e Xand Avião). “Tá de shortinho curto, descendo até o chão, e cada rebolada é um chute no coração”, cantam Barões e Xand sobre Renatinha. Ainda no ritmo da pisadinha, a Letícia troca Zé Vaqueiro por um moto-taxista.

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